Bloqueio de contas do Estado preocupa comércio aracajuano | F5 News - Sergipe Atualizado

Bloqueio de contas do Estado preocupa comércio aracajuano
Economia 04/04/2018 14h00 - Atualizado em 04/04/2018 15h02 |


Por Fernanda Araujo

O bloqueio da conta única do Estado de Sergipe pegou muita gente de surpresa e gerou apreensão entre os comerciantes da capital sergipana, que já estão preocupados com a medida. Para a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Aracaju, o bloqueio pode causar reflexos negativos ao comércio aracajuano.

Segundo o presidente da entidade de classe, Breno Barreto, o bloqueio das contas repercute de forma negativa não só ao comerciante, como também ao funcionalismo público do Estado, que não tem previsão de pagamento de salário.

“O comerciante vende aos funcionários e agora eles estão se sentindo inseguros. O governo tem que achar uma forma de não cair na descrença novamente e levar em cadeia os demais”, afirma.

Ainda de acordo com ele, cerca de 55% da população sergipana ativa depende do funcionalismo público, seja municipal, do estado ou federal, o restante está dividido entre o comércio de varejo e serviços.

“Sergipe é dependente do funcionalismo público, é uma boa fatia do mercado que vai ter que se reeducar por conta da culpa que não é dele. A gente fica mais preocupado por conta da incerteza dos nossos consumidores de poder contar com o vencimento na data, e terão que alterar vencimentos de conta de cartão de crédito, água, energia”, ressalta Barreto.

Para ele, o comércio pode ter consequências com a medida. “Pode ter baixa na venda do comércio, depende de como o Estado vai achar solução em honrar seus compromissos. Vamos ver como Estado vai criar algum mecanismo para desviar desses percalços”, completa.

Vendas

O primeiro trimestre do ano na economia é sempre mais lento que o segundo, e no comércio aracajuano não foi diferente, segundo a avaliação da CDL. No entanto, de acordo com a entidade, a partir deste mês as vendas devem voltar a esquentar.

Por conta das obrigações de início de ano, segundo Breno Barreto, os clientes se preocupam mais em pagar as compras parceladas, a matrícula do filho, o IPTU e licenciamento do carro, por exemplo. Mas, a partir de agora, a expectativa é de que o comércio tenha resultado positivo devido ao projeto de recuperação fiscal (Refis) das micro e pequenas empresas aprovado na terça (3) no Congresso.

“A Câmara derrubou o veto presidencial, com isso os empresários vão começar a se readequar na sua condição de adimplente, com município, Estado, União. Os micro e pequenos devem voltar a conseguir linhas de crédito com a União, que fica bloqueada quando o empresário está inadimplente”, explica.

Foto: F5 News

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