Comércio e serviços respondem por 91% dos empregos criados em Sergipe
Já a indústria e a agropecuária demitiram mais do que contrataram até o momento Economia | Por Will Rodriguez 31/08/2021 13h10 |Os setores do comércio e de serviços são os com melhor desempenho no mercado de trabalho nos sete primeiros meses de 2021 em Sergipe. Mesmo impactados pela retomada de restrições no primeiro semestre para conter a covid-19, ambos contrataram mais do que demitiram e respondem por 91% dos postos de trabalho com carteira assinada abertos de janeiro a julho deste ano no estado.
Historicamente, esses são os setores com maior participação na atividade econômica sergipana. Comparado ao ano passado, no entanto, o nível de emprego no comércio aumentou 3% e entre os serviços 1%, conforme dados compilados pelo Ministério da Economia.
De janeiro a julho, 12.953 trabalhadores foram contratados por empresas sergipanas do comércio, enquanto 10.916 foram demitidas. No setor de serviços, houve 21.730 admissões e 20.247 demissões. Apenas na área de transporte, o desempenho é negativo. Confira o saldo de cada atividade econômica.
Na avaliação do jornalista Márcio Rocha, analista de economia do F5 News, o estado já vivencia a recuperação dos empregos com carteira assinada que foram perdidos no período da pandemia. “O crescimento do mercado de trabalho confirma o sentimento dos empresários do comércio. 78,9%, de acordo com a pesquisa ICEC (CNC/Fecomércio-SE) pretendem fazer novas contratações nos próximos meses”, afirma.
O desempenho negativo dos setores da indústria e da agropecuária em Sergipe sofre influência da produção de açúcar e álcool, que é um setor sazonal, conforme apontamento do economista Rodrigo Rocha, da Federação das Indústrias do Estado de Sergipe (Fies).
“(Esse segmento) emprega muito apenas no momento de colheita da cana de açúcar. Além disso, há uma situação atípica do setor de fabricação de material elétrico para veículos, que teve saldo negativo de quase 500 empregos”, diz.
Segundo Rodrigo Rocha, embora a conjuntura econômica ainda seja de instabilidade, há tendência de que o ano se encerre com saldo positivo no setor. “2022 é que tem uma tendência de ser melhor, com a possível implantação de novas indústrias e ampliação de algumas já existentes, caso não apareça nenhum grande fator negativo novo”, projeta o economista.





