Em um ano, cesta básica de Aracaju tem a segunda menor alta do país
Dieese aponta que o conjunto de bens alimentícios sofreu aumento de 5,49% Economia | Por Will Rodriguez 08/01/2022 17h00 |Não é novidade que encher o carrinho no supermercado ficou mais caro no último ano para os brasileiros. Apesar da forte inflação que vem sendo sentida especialmente nos preços dos alimentos, a cesta básica vendida em Aracaju encerrou o ano de 2021 com a segunda menor alta do país.
Os dados são do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que monitora mensalmente o comportamento de preços do conjunto básico de alimentos em 17 capitais. De janeiro a dezembro do ano passado, segundo o levantamento, a cesta básica subiu 5,49% na capital sergipana, uma elevação que só foi maior do que a registrada em Brasília (+5,03%).
No último mês de 2021, o valor do conjunto de 12 itens sofreu uma leve alta em relação a novembro, de 1,1%, chegando a custar R$ 478,05 - ainda assim, mantendo-se como a mais barata do país.
Os analistas do Dieese apontam que os preços dos alimentos básicos, principalmente os que são commodities, seguiram elevados por causa da demanda externa aquecida, do dólar em patamar atraente para as exportações e influenciando negativamente os custos de produção, além de problemas climáticos (seca, geada).
Por outro lado, conforme os economistas, outros produtos tiveram redução de preço, uma vez que a economia seguiu em baixa, com crescimento da informalidade e alto desemprego, o que freou o consumo e fez com que muitos produtores não conseguissem repassar os aumentos para o preço final.
Pelos cálculos do Dieese, a cesta básica comprometeu 46,98% do salário do consumidor aracajuano no ano passado, o que significa que ele precisou trabalhar em média 95h37m para adquirir o conjunto de bens por mês.
Produtos que registraram aumento: carne bovina de primeira, açúcar, óleo de soja, café em pó, tomate, pão francês, manteiga, leite integral longa vida e farinha de mandioca.
Produtos que registraram queda: batata, arroz agulhinha e feijão.





