Empresários devem estar cientes das mudanças econômicas e políticas do país
Economia 12/07/2017 13h19 - Atualizado em 12/07/2017 14h22 |Por Fernanda Araujo
Muitas são as mudanças econômicas e políticas no país nos últimos anos que, direta ou indiretamente, afetam os negócios. Em Sergipe, não é diferente. Diante das alterações nesse cenário, segundo economistas, é preciso que o empresário tenha ciência desses efeitos e possa transformá-los em informações úteis para a tomada de decisões e ampliar a competitividade no mercado sergipano.
Em palestra nesta quarta-feira (12) sobre “Crises Econômica e Política: Perspectiva para a Indústria Brasileira”, na Federação das Indústrias do Estado de Sergipe (Fies), o gerente executivo de Políticas Econômicas da Confederação Nacional da Indústria (CNI) Flávio Pinheiro de Castelo Branco (foto), apontou que a economia brasileira e a indústria começaram a dar sinais de reação no primeiro semestre do ano, depois de quase três anos de forte crise, porém ainda precisa de fôlego para se recuperar e voltar a mostrar crescimento.
“Para isso dependemos do ambiente geral de negócios e das grandes reformas - trabalhista, previdência, tributária - que estão em discussão. Tudo isso depende do ambiente político que dê segurança e previsibilidade para os agentes econômicos voltarem a investir e crescer mais. A questão política hoje talvez seja o que coloca dúvidas sobre a capacidade do Brasil voltar a crescer mais rapidamente”, diz o gerente ao F5 News, na primeira edição do “Indústria em Debate”, realizado em parceria com o II Encontro de Economia Aplicada de Sergipe.O economista Rodrigo Rocha, coordenador do setor econômico da Fies, lembra que o cenário ainda é instável, o que dificulta uma previsão mais acertada sobre o futuro. No entanto, a situação tem parado de piorar e a expectativa é de que até o final de 2017 e ao longo do próximo ano [se o cenário político contribuir] o resultado seja positivo para toda a classe empresarial.
“A partir do momento que vivemos um cenário tão instável, quanto mais informações, mais conhecimento sobre o ambiente. É muito importante que o empresário acompanhe, discuta e entenda esse cenário, e a partir desse momento ele consiga tomar decisões mais acertadas e consiga se tornar cada vez mais competitivo no mercado”, ressalta Rocha.
“É importante que o empresário esteja atento às mudanças. O empresário é quem investe e se arrisca. Para fazer isso tem que ter segurança, um bom ambiente de negócio, previsibilidade e confiança no futuro para que a economia volte a ter mais investimento, mais emprego e crescimento”, afirma Flávio Castelo Branco.
Cenário atual
De acordo com os especialistas, o desemprego permanece alto, mas não tende a aumentar, isso dá segurança para os que estão empregados. A situação financeira das famílias melhorou, contribuído pelo uso das contas inativas do FGTS. Já as condições financeiras das indústrias, por sua vez, nem tanto. A falta de acesso ao crédito e a alta ociosidade nas empresas – máquinas paradas e usinas trabalhando com baixa capacidade – têm impedido o crescimento e que grandes investimentos sejam feitos.
“O que a empresa consegue faturar não é o suficiente para cumprir com os compromissos, daí fica inadimplente. A grande maioria está com essa dificuldade. Porém, um aspecto positivo para a retomada da economia são as exportações. O maior acesso ao mercado internacional é uma válvula de escape para aumentar a produção no setor, como de gás, petróleo e indústria automobilística, empresas multinacionais que podem ampliar vendas para outros mercados”, completa o gerente da CNI.
Para obter mais informações e tirar dúvidas sobre o cenário econômico, o empresário pode procurar a Fies, através do site www.fies.org.br, na página do Núcleo de Informações Econômicas http://nie.fies.org.br/ ou pelo telefone (79) 3226-7418.
Fotos: Fernanda Araujo/F5 News


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