Empresários sergipanos devem investir na Ásia, apontam economistas
Tema é discutido em encontro com empresários e microempreendedores Economia 29/02/2016 11h16 |Por Fernanda Araujo
Os desafios para os empresários não são poucos nesse período em que o Brasil tem sido rebaixado por agências internacionais, as quais apontam não ser favorável investir no país. Perdendo o status de ‘bom pagador’ e com a economia nacional em recessão, vive-se o dilema de onde encontrar soluções. É nesse momento que buscar mercados fora do país tem sido a aposta de especialistas. O assunto foi discutido nesta segunda-feira (29), no Primeiro Encontro de Internacionalização e Comércio Exterior de Sergipe (EICOMEX-SE), realizado pela Fecomercio/SE, em Aracaju.
Para a agente de negócios internacionais Daniela Sena (foto), que vive há seis anos na China, o ambiente de mercado internacional está favorável para se investir e a Ásia, o maior continente em território e população, é a grande aposta. “Há uma grande diversidade política, econômica, cultural, o que faz com que a Ásia se torne um mercado com grandes oportunidades, por ser um mercado amplo e bastante dinâmico”, afirma.
Diante do cenário nacional instável, mas com as oportunidades à porta, além de inovar, conhecer novos mercados torna-se a medida principal para driblar a crise, segundo Sena, e esse intercâmbio cultural vai agregar valor tanto ao empresário quanto à região sergipana. No entanto, é preciso ter cuidado para não cometer erros e criar um problema ainda maior. Um acompanhamento técnico e planejamento são indispensáveis,
de acordo com a agente. “Apesar de ser um processo muito simples, é necessário licenças, uma prospecção de fornecedores e clientes, ver a questão da distribuição. A língua é uma barreira e uma boa assessoria pode facilitar”, observa.Mas o mercado internacional também implica em perigos, principalmente na importação. “Há várias oportunidades ainda na importação, mas hoje, com a valorização do dólar, é necessário ter uma pesquisa de mercado para saber no que se investir. Na China, a indústria alimentícia tem crescido muito na parceria com o Brasil, tanto de carne e sucos, além da madeira. Acho que agora é o momento de se exportar e a gente tem tentado incentivar isso aos empresários do nosso estado”, ressalta Daniela Sena.
De acordo com o diretor de Negócios Pedro Teles (foto), as indústrias e o comércio de Sergipe têm ótimos produtos para se exportar para a China, como por exemplo, o mel. “Sergipe tem hoje uma produção em torno de 500 toneladas de mel, a China tem hoje um bilhão e quatrocentos mil habitantes mais ou menos, isso mostra a capacidade de consumo dos chineses. Nós estamos levando mel, eucalipto, pão de queijo e vários outros produtos”, destaca, afirmando ainda que o mito da falta de qualidade dos produtos chineses está sendo quebrado.
Tornando simples
Para Pedro Teles, todo o país precisa investir no mercado internacional, porém pequenos, médios e grandes empresários ainda desconhecem que é possível. A burocracia é uma das barreiras que gera desmotivação aos empreendedores. “Mas estamos simplificando os processos, desburocratizando as coisas, mostrando que é simples fazer exportação e importar, agora precisamos de um corpo técnico qualificado como o nosso. O nosso objetivo hoje é levar Sergipe para a China, e a China para Sergipe”, aponta.“Sabemos da grande dificuldade de fazer esse tipo de venda. Uma exportação é muito trabalhosa, é muito caro fazer esse trabalho individual. Mas os empresários nunca podem cruzar os braços e desistir, esse encontro é justamente um elo entre as entidades para melhorar e facilitar a comunicação do mercado interno e externo”, afirma Breno Barreto, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas.
“O que precisamos é de conhecimento, com a oportunidade colocada diante de nós começamos a enxergar se temos condições de fazer ou não. Se não tiver, valeu o conhecimento. Se der, é investir, acreditar e fazer, porque só assim é que se cresce. Isso é um início de uma grande jornada que podemos escrever a partir da disposição de todos”, diz o presidente da Fecomercio/SE, o deputado federal Laércio Oliveira.
Fotos: Fernanda Araujo/F5 News


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