Os principais produtos exportados por Sergipe para os Estados Unidos ficaram de fora da nova tarifa de 50% imposta pelo governo norte-americano. A medida, assinada nesta quarta-feira (30) pelo presidente Donald Trump, não inclui itens estratégicos da pauta sergipana, como suco de laranja e petróleo.

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Como o F5News mostrou no último fim de semana, os EUA são o destino de um terço das exportações sergipanas. Caso a sobretaxa, prevista para entrar em vigor em 1º de agosto, abrangesse esses produtos, as perdas poderiam chegar a 0,89% do Produto Interno Bruto (PIB) estadual em 2025.

Na ordem executiva divulgada pela Casa Branca, consta uma lista de produtos que não serão afetados pela elevação da tarifa. Suco de laranja e petróleo, que juntos representaram mais de 85% das exportações sergipanas para os EUA no primeiro semestre de 2025, estão entre as exceções.

Segundo estimativas, a incidência da nova tarifa sobre esses dois segmentos poderia gerar um custo adicional de até US$ 50 milhões por ano, encarecendo os produtos sergipanos em até 50%. Isso comprometeria sua competitividade frente a países como México e Canadá, que enfrentam tarifas menores ou são isentos.

Em nota técnica, a Desenvolve-SE já havia alertado que é fundamental investir na diversificação da pauta exportadora, estimulando a agregação de valor em cadeias produtivas como a petroquímica e a de cítricos. A atração de indústrias de cosméticos, por exemplo, poderia aproveitar o potencial dos óleos essenciais cítricos já exportados pelo estado.

O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, avaliou que as exceções são um alívio parcial. “Representa um cenário mais benigno do que poderia ser, numa tarifa mais ampla. Não quer dizer que tenha impactos pequenos ou que não tenha efeito relevante. Isso precisa ser analisado de forma mais ampla”, declarou à TV Globo.