Instabilidade nas redes causa prejuízo para empreendedores e CEO’s sergipanos | F5 News - Sergipe Atualizado

Instabilidade nas redes causa prejuízo para empreendedores e CEO’s sergipanos
Com cerca de sete horas sem WhatsApp e Instagram, as vendas caíram para muitos
Economia | Por Laís de Melo 05/10/2021 12h47 |


A instabilidade nas redes sociais WhatsApp, Instagram e Facebook, todas do mesmo grupo, deixou os usuários na mão na última segunda-feira (4). Os aplicativos, que surgiram inicialmente com um propósito de socialização e conversa, se tornaram importantes ferramentas de trabalho para microempreendedores. Sem essas redes, que são um dos principais meios de divulgação de produtos e serviços para a potencial clientela e de venda e pós-venda, muitos tiveram prejuízos em pleno início da semana. 

A proprietária de uma loja de sapatos 100% virtual em Aracaju, Vanessa Januário, conta que o dia, além de atípico, fez diferença na movimentação da empresa. “Já estávamos em contato com alguns clientes pela manhã e, por volta das 12h40, não conseguimos mais falar com ninguém. Nós temos um site com chat, mas mesmo assim as pessoas só entraram em contato à noite, quando a pane foi se estabilizando. Fez diferença, não só para mim, como para a maioria dos negócios virtuais, porque deixamos de fechar algumas vendas”, relata a empresária. 

Para a dona de uma loja virtual de doces, Andresa Guimarães, a segunda-feira foi completamente perdida. Segundo ela, os principais meios de vendas dos doces são WhatsApp e Instagram, portanto, o comércio foi totalmente interrompido pela instabilidade das redes.

“Quem trabalha com delivery acaba virando total dependente do insta e do whatsapp. Apesar de a segunda não ser um dia muito forte de movimento, eu tive clientes que tentaram falar comigo, uma me ligou. Ficar sem esses dois é um prejuízo certo”, disse ao F5News.

A situação também foi sentida pelos empresários da área do marketing digital, que dependem das redes sociais para fazer a divulgação dos clientes e colocar em andamento os planejamentos estratégicos. O CEO Rodrigo Vieira avalia que um dia sem as redes sociais significa “caos total”. 

“Eu e minha equipe ficamos parados por mais de 6 horas, até o retorno definido das redes. Cerca de 12 posts de clientes distintos ficaram sem subir nas redes. Como tudo está ligado, a plataforma em que programamos as postagens dos nossos clientes também ficou comprometida, nos impossibilitando de terminarmos de programar as postagens que faltavam dessa semana. Como utilizamos o Instagram como fonte de pesquisas para publicações, tivemos que parar todo o nosso operacional, afetando também a logística da semana que estava toda organizada”, conta o profissional. 

Além disso, sem WhatsApp, Vieira e seus funcionários não conseguiram se comunicar com os clientes para receber os feedbacks com relação aos textos para as publicações. Segundo ele, depois do que aconteceu, algumas estratégias alternativas serão pensadas para que, na eventualidade de ocorrência semelhante, estejam mais preparados. 

“Confesso que ainda estou dando conta do prejuízo de reorganizar as publicações de ontem e distribuí-las no decorrer dessa semana ainda. Mas precisamos, sim, de um plano ‘b’, urgente”, destaca o CEO. 

Apesar da queda na movimentação, alguns empresários conseguiram aproveitar de maneira positiva o período de instabilidade, que durou cerca de sete horas no Brasil inteiro. Foi o caso do sergipano Thyago Tavares, proprietário de uma empresa de controle de pragas. 

“O dia de ontem foi um aprendizado porque percebemos que a reunião corpo a corpo continua com a sua importância e não é substituível. Quando você sente a energia da outra pessoa, acaba colocando tudo na mesa para organizar e entrar em acordo com cada integrante da empresa, a forma de olhar, falar, o gesto de cada um, acaba correspondendo muita coisa. Com o WhatsApp, acabamos ficando muito acelerados e não percebendo as coisas”, analisa o empresário. 

Ainda conforme Thyago, foi possível reunir a equipe durante o período de pane e, por intermédio de um bom papo, organizar muitas demandas da empresa. “Claro que tivemos prejuízos nas vendas, porque acaba se acostumando com isso, mas a gente precisou ter outras alternativas, como chamada de voz, Telegram, algumas mudanças rápidas”, acrescenta. 

Edição de texto: Monica Pinto
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