Um estudo do Observatório de Sergipe revelou que a produção agrícola do estado conseguiu uma expansão de 60% no ano passado em comparação a 2018.

Em números reais, o valor da produção agrícola sergipana somou R$1.3 bilhão no ano de 2019, o que fez o estado registrar o melhor desempenho em 25 anos, além de garantir a recuperação da maior queda da série histórica, em 2018, quando o valor fechou em R$ 820 mil. 

De acordo com a análise do Observatório, Sergipe apresentou a maior variação positiva do Nordeste e subiu duas posições no ranking da região, passando a ocupar o 7º lugar. Já em nível nacional, o estado ocupa a 21ª posição, correspondendo a 0,04% da produção de todo o país. 

“Essas oscilações nas safras anuais sergipanas são até frequentes, haja vista a produção agrícola estar condicionada a uma série de fatores, como temperatura, umidade, radiação solar, precipitação, pragas etc, no entanto, cabe ressaltar que nunca foram observadas em tal magnitude”, diz o relatório. 

O milho representou 43% do total produzido no estado em 2019 (R$ 568.055.000,00); a laranja, 14% e a cana-de-açúcar, 12%. A variação do valor de produção das principais culturas sergipanas indica que a recuperação em relação a 2018 foi puxada principalmente pelo aumento na produção de milho (680%). Outra cultura que apresentou variação positiva relevante foi a de batata-doce (123%). Já as principais quedas foram anotadas no valor de produção de laranja (-16%) e mandioca (-12%).

Em 2019, os dez principais municípios produtores de Sergipe foram responsáveis por
50% do valor total da produção. São eles: Simão Dias - R$ 141.198; Carira - R$ 124.848; Frei Paulo - R$ 64.868; Neópolis - R$ 55.200; Lagarto - R$ 49.633; Riachão do Dantas - R$ 48.200; Japoatã - R$ 46.488; Japaratuba - R$ 36.692; Itabaianinha - R$ 36.407 e Itabaiana - R$ 32.139. 

A pesquisa contabilizou 19 produtos agrícolas no estado, sendo dez provenientes de culturas temporárias e nove permanentes.