Qual custo de vida em Aracaju? confira média de preços de produtos e serviços
O gasto médio para quem vive na capital sergipana é o menor do país Economia | Por F5 News 14/02/2022 06h01 - Atualizado em 14/02/2022 09h57 |Em Aracaju, um almoço de menu executivo na área nobre da cidade custa em média R$ 32, de acordo com dados levantados pela plataforma Expartisan. Em São Paulo, essa mesma refeição custa em média R$ 33. Embora esses valores estejam bem próximos, o custo de vida na capital sergipana é o mais barato do país, enquanto a capital paulista tem o mais elevado.
O salário mínimo é padrão para todo o país, mas dependendo de onde se mora, o preço de produtos e serviços costuma ter variações consideráveis entre as cidades, o que altera significativamente o custo de vida.
O principal fator de influência sobre o custo de vida de uma cidade é a renda média da população, mas fatores logísticos e tributários também entram nessa conta. É o que explica o economista Érico Veras Marques, professor da Universidade Federal do Ceará (UFC).
Da mesma forma, as empresas da região precisam pagar mais para conseguir empregar, em um ciclo que se retroalimenta.
“O salário é mínimo, mas tem os pisos das categorias, raramente você vai conseguir contratar alguém só por ele em São Paulo”, cita Érico.
Na capital brasileira com o menor custo de vida, Aracaju, uma pessoa sozinha precisaria ganhar R$ 3.165 para arcar com despesas básicas como moradia, alimentação e transporte de forma confortável.
Já na maior metrópole do país, São Paulo, essa mesma pessoa precisaria desembolsar R$ 5.800 para o mesmo padrão de vida da capital sergipana.
As simulações foram feitas com base na Expartisan, plataforma que reúne dados de usuários com relação ao custo de diversos itens no mundo inteiro.
O economista e pesquisador do FGV IBRE, Matheus Façanha, elenca diferentes fatores que podem influenciar no custo de vida de um local.
-Proximidade de plantas produtoras de bens industriais mais consumidos no local
-Condições logísticas de escoamento da produção de produtos até o mercado consumidor
-Quantidade ofertante de serviços
-Estrutura tributária, que pode atrair mais oportunidades de emprego para um município
-Especulação imobiliária em locais específicos
-Características culturais que levem ao maior consumo de alguns bens “supérfluos”, como lazer
-O especialista atenta que a desigualdade costuma ser maior em cidades que possuem um custo de vida mais elevado, levando a formações de periferias às margens.
“Esses lugares com custo de vida mais elevado acabam gerando uma periferia muito mais desigual do que os locais com concentração de renda maior. Essa é um pouco a dinâmica do desenvolvimento econômico no nosso sistema, tem uma lógica de atrair recursos para o centro e a periferia fica muito mais desigual”, diz.
*Com Diário do Nordeste





