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Queda na procura por comidas típicas preocupa vendedores
Faese indica crescimento de 5% na plantação de milho em comparação a 2019
Economia | Por Saullo Hipolito 22/06/2020 12h45 - Atualizado em 22/06/2020 19h58 |


Nem a boa safra de milho tem deixado felizes os vendedores de alimentos típicos do ciclo junino em Sergipe. A preocupação se deve à queda de mais de 50% na procura por essas iguarias em todo o estado, conforme relatado pelos próprios comerciantes. Segundo eles, essa redução acontece por causa da pandemia da Covid-19, que tirou diversas pessoas das ruas, diminuindo consequentemente a circulação em centrais de abastecimento.

De acordo com a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Sergipe (Faese), em comparação a 2019, a expectativa é de que o aumento no atual ano seja de 5% da área plantada, com uma produção de 800 mil toneladas de milho em grãos. Com esse número, o F5 News visitou a Central de Abastecimento (Ceasa) no bairro Siqueira Campos, para conversar com comerciantes e consumidores sobre a expectativa das vendas, mas foi detectada uma frustração nas mais de 15 bancas de produtos típicos no local, por causa da baixa procura.

Além desse estado de decepção, os vendedores se mostraram preocupados pois, para a maioria deles, e dessa venda que tiram o próprio sustento. E para ganhar a clientela vale de tudo, inclusive os gritos de oferta para atrair os consumidores. Neste aspecto se destaca a senhora Gilvanete Barbosa, com suas duas filhas. As vendedoras de milho atraem as pessoas com uma simpatia característica dos apaixonados pelo período junino.

“Há um movimento complicado neste período, apesar de adotarmos todos os procedimentos indicados pela Prefeitura, inclusive com mais organização e limpeza, nós estamos lutando para que as pessoas venham comprar para que a gente possa gerar nosso lucro e sustentar nossa família”, afirmou Jéssica Barbosa, filha de Gilvanete.

Segundo ela, apesar das promoções, a queda na procura foi considerável. “Se antes a gente vendia 80 mãos de milho, hoje a gente vende no máximo 30 mãos. É uma queda alta, que impacta no nosso dia a dia, pois temos que ir balanceando os gastos dentro de casa”, disse.

A mesma situação é vivida por Tânisia Soares (foto). Ela garante que, apesar de pequena, tem uma expectativa de que as vendas cresçam até a próxima quarta-feira (24). “A gente chega antes das 5h e só sai da Ceasa às 18h, e é a nossa única fonte de renda. Temos que ir empurrando devagarzinho os custeios em casa até que essa fase acabe”, disse.

Confira o valor de alguns alimentos vendidos na Ceasa Aracaju

Milho verde - R$ 20 (a mão - 50 espigas)
Milho seco - R$ 10 (a mão - 50 espigas)
Tangerina pequena - 10 por R$ 5
Tangerina média - 7 por R$ 5
Amendoim - 1 lata grande por R$ 4
Amedoim - 1 lata pequena por R$ 3
Laranja - R$ 10 o saco
Côco - a unidade sai por R$ 4

Edição de texto: Monica Pinto
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