Sergipe fechou o ano de 2018 com saldo positivo de empregos, apesar de ter tido o pior dezembro dos últimos dois anos. O desempenho da geração de empregos formais foi divulgado, nesta quarta-feira (23), pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho.

A análise apontou que o Estado fechou o ano passado com saldo positivo de 841 empregos com carteira assinada; um total de 86.332 pessoas admitidas e 85.491 desligamentos. Os setores que mais contribuíram para o aumento de empregos foram a Construção Civil e Serviços.

Na Construção Civil o saldo foi de 1.221 (10.458 admissões e 9.237 desligamentos), já o de Serviços obteve saldo de 1.024 empregos (35.707 admissões e 34.683 demissões). Mas, os setores como Comércio, Indústria de Transformação, Extratividade Mineral e da Administração Pública foram os que mais tiveram perdas de postos de trabalho.

Apesar do número de contratações e vagas de emprego ter sido positivo no Estado no acumulado do ano, o mês de dezembro foi o pior em comparação ao mesmo período de 2017. O mês perdeu 1.679 empregos formais (5.307 admissões e 6.716 demissões), enquanto no ano anterior a perda foi de 1.152 empregos. O ano de 2016, porém, superou obtendo saldo de 2.897 postos a menos.

Desde 2004 a 2018 o mês de dezembro, de acordo com dados do Caged, tem registrado saldos negativos de empregos formais em Sergipe. O mês no ano de 2012, período de recessão na economia do país, foi o mais afetado com a queda de emprego – 3.450 postos de trabalho a menos no Estado.

Entre os municípios com mais de 30 mil habitantes, se destacaram o município de Aracaju, que obteve o maior saldo negativo, 878 empregos a menos em dezembro e 1.324 no acumulado do ano.

O município de Nossa Senhora da Glória, foi o único que terminou dezembro com saldo positivo com a marca de 50 vagas abertas; porém no acumulado do ano se destacaram de forma positiva os municípios de Itabaiana, Lagarto, São Cristóvão, Socorro, Glória, Simão Dias, Itabianinha, Tobias Barreto e Poço Redondo, respectivamente.

Segundo economistas, o crescimento do nível de emprego ainda tem sido lento já que a crise do desemprego ainda não acabou. Para o ano de 2019 a expectativa é positiva, mas é preciso realizar reformas que possam aquecer a atividade econômica em uma velocidade maior.