Vacinas são proteção contra surtos virais
Surto de síndromes respiratórias reforça importância da vacinação infantil, diz especialista Blogs e Colunas | Saúde em Dia 29/07/2025 17h03 - Atualizado em 29/07/2025 17h06Aracaju enfrenta uma onda de casos de gripe e resfriados prolongados, que tem gerado uma intensa demanda nos serviços de saúde, especialmente entre o público infantil. Os leitos pediátricos dos hospitais públicos da capital estão com ocupação máxima, situação que preocupa pais e responsáveis. A médica pediatra e presidente da Sociedade Sergipana de Pediatria (Sosepe), Dra. Ana Jovina, faz um alerta aos pais e cuidadores: manter a caderneta de vacinação atualizada é uma medida essencial para proteger as crianças.
“Temos disponíveis no SUS vacina contra influenza e contra o coronavírus, dois importantes causadores de síndromes respiratórias, internações e óbitos. Para prevenir a bronquiolite ou o vírus sincicial respiratório (VSR), existe uma vacina para as gestantes e para os idosos. Já para os bebês, temos dois imunizantes que oferecem uma proteção passiva, ou seja, os anticorpos já prontos”, explica a especialista.
Segundo a médica, as vacinas utilizadas atualmente são seguras e eficazes, inclusive quando aplicadas em meio a surtos. “A aplicação durante os surtos é a principal medida para redução da transmissibilidade, além de ser essencial para desafogar as urgências e os leitos hospitalares”, reforça.

O período de inverno, marcado por temperaturas mais baixas e maior permanência em ambientes fechados, contribui para o aumento das infecções respiratórias. Para evitar o contágio e a propagação dos vírus, Dra. Ana Jovina orienta medidas simples e eficazes, como lavar frequentemente as mãos com água e sabão ou utilizar álcool 70%, higienizar brinquedos e superfícies de uso comum e manter os ambientes bem ventilados.
“Evite levar a criança a locais com pouca ventilação, especialmente se houver pessoas gripadas. A transmissão ocorre também por meio das mãos e de superfícies contaminadas. Abrir janelas por alguns minutos ao dia já ajuda na renovação do ar”, afirma.
“Vacinas são importantes para a proteção individual, mas também para proteção coletiva”
Dra Ana Jovina, médica pediatra
Além disso, a médica recomenda evitar aglomerações, especialmente com crianças pequenas, e redobrar a atenção com sintomas respiratórios em casa ou na escola. “Ao tossir, espirrar ou até respirar, a pessoa infectada pode espalhar partículas contaminadas que permanecem suspensas no ar por mais tempo, sobretudo em locais fechados.”
Fique atento aos sinais de alerta
A orientação dos especialistas é clara: diante de sinais de agravamento do quadro respiratório, é fundamental buscar atendimento médico imediato. Entre os sintomas que exigem atenção estão cansaço excessivo, dificuldade para respirar, sonolência fora do habitual, vômitos persistentes, febre alta e recusa de líquidos — sobretudo em crianças com fatores de risco, como doenças crônicas, desnutrição ou síndromes genéticas.
“Os pais devem procurar uma unidade de saúde sempre que perceberem qualquer um desses sinais. O acompanhamento precoce pode evitar complicações e salvar vidas”, reforça Dra. Ana Jovina







André Carvalho é jornalista há mais de 20 anos. Formado pela Universidade Tiradentes (Unit), possui especialização em Marketing pela Faculdade de Negócios de Sergipe (Fanese). Foi apresentador de programa de rádio e televisão, e atuou como assessor de comunicação de vários órgãos públicos e secretarias municipais e estaduais. Atualmente, é editor do Caderno Saúde em Dia.
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