Sergipe lidera ocupação no Nordeste, mas fica atrás da média nacional
Censo 2022 mostra que 86,8% dos sergipanos ganham até três salários mínimos Economia | Por F5 News 09/10/2025 14h00 |Sergipe registrou o maior nível de ocupação do Nordeste, segundo dados do Censo Demográfico 2022: Trabalho e Rendimento, divulgados nesta quinta-feira (9) pelo IBGE. O levantamento aponta que 48,2% das pessoas de 14 anos ou mais estavam ocupadas na semana de referência, acima da média nordestina (45,5%). Apesar do destaque regional, o estado ficou abaixo da média nacional (53,5%), ocupando a 16ª posição entre as unidades da federação.
A maioria dos trabalhadores sergipanos estava empregada no setor privado (45,8%), proporção próxima à média do Nordeste (45,5%), mas inferior à do Brasil (51,7%). Desses, 36% não tinham carteira assinada, evidenciando a informalidade no mercado de trabalho local.
O trabalho por conta própria representou 29,4% das ocupações — acima da média nacional (26,7%) —, e apenas 15,3% desses trabalhadores possuíam CNPJ. Já o setor público respondeu por 15,8% dos ocupados, enquanto os trabalhadores domésticos somaram 4,1%, dos quais apenas um quarto tinha carteira assinada.
No quesito rendimento, 86,8% dos trabalhadores em Sergipe ganhavam até três salários mínimos, e 58,4% recebiam até um salário mínimo, percentual bem superior à média brasileira (34,3%). O rendimento médio mensal foi de R$ 2.129,46, acima da média nordestina (R$ 2.014,62), mas abaixo da nacional (R$ 2.850,64), colocando o estado na 20ª posição do país e na 3ª do Nordeste.
As atividades com maiores rendimentos foram a indústria extrativista (R$ 5.289,86), atividades profissionais, científicas e técnicas (R$ 5.020,03) e administração pública, defesa e seguridade social (R$ 4.689,26). Já os piores salários foram registrados nos serviços domésticos (R$ 792,56) e na agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (R$ 820).
O levantamento também revelou desigualdade na distribuição de renda: o Índice de Gini de Sergipe ficou em 0,557, o 6º pior do país, atrás apenas do Distrito Federal (0,584) e do Rio de Janeiro (0,574).





