Taxa de desocupação cresce quase 40% em Aracaju | F5 News - Sergipe Atualizado

Taxa de desocupação cresce quase 40% em Aracaju
Dados do IBGE apontam que capital tem 74 mil pessoas desempregadas
Economia 20/09/2016 08h29 - Atualizado em 20/09/2016 09h15 |


O IBGE divulgou em agosto a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC). Em Aracaju, o PnadC mostrou que a taxa de desocupação no trimestre Abr-Mai-Jun/2016 foi de 16,1%, correspondendo, no mesmo período, a 74 mil pessoas desocupadas. Essa foi a maior taxa de desocupação desde 2013, quando a mesma atingiu 12,8%. Considerando a análise do mesmo período do ano passado, houve uma elevação de 6,3% na taxa de desocupação (de 9,8% para 16,1%) e um aumento de cerca de 39% de pessoas desocupadas (de 51 mil para 74 mil).

Esse é um dos momentos mais difíceis da economia da Capital. O número de pessoas desocupadas tem aumentado a cada trimestre, assim como para a região Metropolitana, cuja taxa de desocupação para o mesmo período foi de 16,5%. A recessão econômica vem se manifestando no mercado de trabalho, não somente em relação à taxa de desocupação, ou seja, em relação às pessoas desempregadas e que estão na informalidade, mas também em relação ao número de desempregados formais, refletidos nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged/MTE). Somente em Julho/2016, foram desempregadas em Aracaju, de acordo com o Caged, 824 pessoas. O desemprego não se restringe à Capital, em julho foram demitidas 186 pessoas em São Cristóvão e 148 pessoas em Nossa Senhora do Socorro, dois municípios importantes da Grande Aracaju.

Se considerarmos os dados do Caged para o primeiro semestre desse ano, já foram dispensados 13.654 trabalhadores em Sergipe, sendo que a indústria da transformação demitiu, nesse período, 5.616, seguida pelo comércio que dispensou 2.208, e pela construção civil que fechou 2.163 postos de trabalho. A informalidade vai continuar a ser um dos grandes problemas da economia local. O quadro é típico dos ciclos de crise econômica como a atual. A deteriorização do mercado de trabalho, em maior ou menor grau, tem sido observada em todas as regiões do país, não é diferente no Nordeste. A readequação do mercado de trabalho vai depender não somente da recuperação econômica, mas de uma adequada política pública de requalificação dessa mão de obra desempregada. O papel dos governos locais é primordial nesse momento. Qualificar o capital humano é extremamente importante em tempos de economia retraída. O Governo tem um papel primordial na construção e execução de política de qualificação profissional focadas nessa população, e combinadas com a demanda do mercado de trabalho. O sistema S pode contribuir.

A dimensão dos problemas sociais que o desemprego pode causar é incalculável. Diante do que a taxa de desocupação nos revela, é imprescindível reverter essa tendência de precariedade do mercado de trabalho, qualificando-a para a retomada da economia.

Fonte: Fecomércio/SE

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