Taxa de inadimplência das famílias sergipanas cai 46% em um ano | F5 News - Sergipe Atualizado

Taxa de inadimplência das famílias sergipanas cai 46% em um ano
Análise foi realizada pelo Instituto Fecomércio de Pesquisa e Desenvolvimento
Economia | Por Letícia Oliveira 05/10/2021 19h54 |


A taxa de inadimplência caiu entre as famílias sergipanas de setembro de 2020 para o mesmo mês este ano. É o que demonstra a análise do Instituto Fecomércio de Pesquisa e Desenvolvimento, órgão de pesquisas do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac de Sergipe, com base em dados da Confederação Nacional do Comércio (CNC).

A pesquisa mostra que as famílias têm reduzido seu endividamento em Sergipe, após seis meses de elevação do indicador. Os dados mostram que 79,5% das famílias sergipanas disseram estar endividadas, com compromissos a pagar pelos próximos seis meses - uma queda de dois pontos percentuais em relação ao mês anterior, agosto. 

Na taxa de inadimplência das famílias, setembro fechou em 6,2%,  com queda de 0,6% em relação a agosto. Porém, a redução mais significativa se deu em relação ao mesmo mês do ano passado - 46% -, atestando que o universo de famílias sergipanas que não conseguem pagar seus compromissos prossegue diminuindo. 

A taxa de inadimplência vem caindo há quatro meses consecutivos. Laércio Oliveira, presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac, destacou que a pandemia forçou muitas restrições ao consumo e promoveu a redução da inadimplência porque as famílias tiveram que se organizar melhor financeiramente.

“A pandemia foi um grande problema para a economia, para as famílias, o que levou à adoção de medidas econômicas para equilibrar as contas da casa, promovendo a redução da inadimplência no estado. Os acontecimentos contribuíram para a educação financeira familiar, que tem buscado mais fazer compras sem extrapolar sua capacidade de endividamento. Outros fatores importantes foram a recuperação gradativa dos postos de trabalho com carteira assinada, que tem ajudado a economia a colocar novos consumidores no mercado, fazendo também com que as contas da casa sejam mais equilibradas”, ressalta Laércio.

Exemplos de dívidas

Os cartões de crédito ainda são os maiores líderes no endividamento das famílias, com cerca de 97% se comprometendo em usá-los para pagamento, em forma de crédito. A segunda forma é o crédito pessoal, que representa 24,2%e as ordens de pagamento utilizadas para compras, que representaram 19,9%. Como as famílias têm mais de um tipo de dívida, esse número ultrapassa 100%.
   
Laércio Oliveira comentou também que o crédito pode ser uma forma de amenizar as dificuldades de faturamento das famílias, principalmente para famílias que sofrem com o desemprego durante a pandemia e precisam reorganizar recursos.

“De fato, o poder de compra das famílias está menor, devido à desvalorização do real e isso também influi no comportamento das contas familiares. Por isso, e por outro fator que ainda estamos em recuperação, que é o emprego. Muita gente perdeu emprego por causa dos problemas da pandemia, mas estes estão sendo recuperados gradativamente. De todo modo, para equilibrar as finanças algumas famílias utilizam da modalidade de crédito pessoal, o que também contribui para a redução da inadimplência, levando em conta que a contratação de crédito é uma maneira de reduzir os problemas decorrentes de outras dívidas. O importante é que as pessoas continuem a consumir de modo consciente, para que não voltem a superar a capacidade de endividamento, para não chegar à inadimplência novamente”, comenta.

*Estagiária sob a supervisão de Will Rodriguez

Edição de texto: Monica Pinto
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