Projeto Alma Africana celebra 20 anos de existência | F5 News - Sergipe Atualizado

Cultura
Projeto Alma Africana celebra 20 anos de existência
O evento contou com roda de conversa, entrega de premiação e apresentações culturais
Entretenimento | Por Agência Sergipe 31/07/2025 14h02 |


O Centro de Excelência Nelson Mandela, escola localizada na capital sergipana, deu início, nesta quarta-feira (30), a mais uma edição do “Projeto Alma Africana: reconhecendo as diferenças, esperançando a equidade”. Em comemoração aos seus 20 anos de existência, as atividades, realizadas no Teatro Atheneu, incluíram roda de conversa sobre o mulherismo africano, a entrega do Troféu Malungos e apresentações culturais que fortalecem a valorização da identidade negra e a luta por igualdade racial e de gênero.

Um dos coordenadores do projeto, o professor Evanilson França, comentou sobre a programação realizada. “O dia de hoje tem dois objetivos centrais. Primeiro, discutir uma sensibilidade de mundo afrocentrada que potencializa a mulher em comunidades assentadas no matriarcado, que é o mulherismo africano. E, o segundo, é agradecer a uma rede enorme que nos apoia e que possibilita que o Alma Africana aconteça”, compartilhou o professor.

Dando início ao evento, o grupo de maracatu formado por professores aposentados, liderado pelo professor e artista Milton Leite, apresentou-se ao público em um ato de celebração à cultura ancestral africana. Em seguida, foi realizada uma roda de conversa com o tema “Mulherismo africano: a potência de uma sensibilidade de mundo afrocentrada”, com a participação da atriz e coordenadora do Alma Africana, Talita de França; da professora do Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Sergipe (Codap/UFS), Neila Coêlho; da psicóloga Michelle Souza; e da professora de sociologia da Rede Estadual de Ensino, Morgana Santos.

Uma das participantes da roda de conversa, Michele Souza ressaltou a relevância do momento. “Me sinto extremamente humilde e honrada por ter sido convidada para fazer uma fala sobre o mulherismo africano, que é uma temática que não está na ordem do dia. E espero que a minha fala seja uma fala de troca, porque o projeto já tem uma magnitude enorme e é reconhecido dentro e fora daqui”, considerou. 

Além da apresentação e do momento de diálogo com as convidadas, o Alma Africana aproveitou a ocasião para prestar homenagem a entidades e instituições que, ao longo das últimas duas décadas, contribuíram para a consolidação do projeto em Sergipe.

Nesse segmento, foram homenageadas personalidades da Secretaria de Estado da Educação (Seed), da Assessoria de Comunicação da Seed (Ascom), da Diretoria de Educação de Aracaju (DEA), do Departamento de Alimentação Escolar (DAE), do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Neabi/UFS), do Instituto Braços, do Sindicato das Trabalhadoras e dos Trabalhadores da Educação Básica do Estado de Sergipe (Sintese), além de lideranças de comunidades quilombolas, educadores e militantes de movimentos sociais.

A citada premiação, o Troféu Malungos, é realizada bienalmente no projeto desde 2022, quando este ainda era desenvolvido em outra unidade de ensino da rede estadual. Atualmente sediado no Centro de Excelência Nelson Mandela, sob a coordenação das professoras Adalcy Costa dos Santos, Elisângela de Andrade Santos, Gilmara de Souza Neto, Mariza Santos Cajé, Sheila Rodrigues dos Santos Vega, da atriz Talita dos Santos e do professor Evanilson Tavares de França, realizou-se mais uma edição do prêmio.

“Enche-me de alegria poder participar desse belíssimo trabalho. Prestigiar um evento como esse. Não há incentivo melhor do que ver o que é feito pelos alunos. Quando vi a participação deles na dinâmica, na organização e, até mesmo, no cerimonial, a gente acredita que o trabalho está sendo muito bem feito”, declarou o superintendente executivo da Seed, Edson Costa, representando o secretário de Estado da Educação, Zezinho Sobral.

Na quinta-feira, dia 31, a celebração será finalizada com a reapresentação do espetáculo “A Elza que vi”, visto por mais de três mil pessoas em seu lançamento, no ano de 2024.

Sobre o Projeto Alma Africana

O “Projeto Alma Africana: reconhecendo as diferenças, esperançando a equidade” teve início no ano de 2005, quando o professor Evanilson, ao lado de colegas educadoras, criou o projeto Sentireis – Sentir para transformar, resistir para erradicar as injustiças sociais, na Escola Estadual Professor Benedito Oliveira, no Conjunto Orlando Dantas, em Aracaju. Desde então, seu objetivo tem sido promover a participação ativa da comunidade escolar, da comunidade local e dos movimentos sociais, fortalecendo a educação antirracista.

Atualmente desenvolvido no Centro de Excelência Nelson Mandela, o projeto acumula diversas premiações importantes, entre elas o Selo ODS nas edições de 2023 e 2024, o Troféu ODS 2023 e o Prêmio Educar com Equidade Racial e de Gênero (2024). 

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