STJD adia julgamento do presidente do Sergipe; entenda
Ernan Sena será julgado no dia 10 de abril, às 14h, no Rio de Janeiro Esporte | Por Emerson Esteves 04/04/2023 09h35 |O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) informou que o julgamento de Ernan Sena, presidente do Sergipe, que deveria ter ocorrido nessa segunda-feira (3), foi adiado para o dia 10 de abril. Ele segue suspenso preventivamente pelo STJD. Além do presidente do clube, três atletas e um fisiologista serão julgados pelos atos após a derrota contra o Botafogo na Copa do Brasil.
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O caso foi adiado para a próxima segunda porque o auditor Miguel Ângelo Cançado solicitou que o árbitro assistente Henrique Neu Ribeiro fosse incluído como réu do processo. Ele foi denunciado no artigo de agressão física (artigo 254-A).
O lateral esquerdo Miguel (agressão física), o zagueiro Silvio (agressão física e invasão local destinada à equipe de arbitragem ou ao local da partida), e o goleiro Dida (conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva) também foram denunciados. O fisiologista do clube foi denunciado no artigo de agressão física e por cuspir em outrem (254-B).
Ernan Sena foi denunciado por invasão de campo (artigo 258-B), agressão física (254-A), ameaça (243-C) e ofensa (243-F) contra a equipe de arbitragem da partida após o apíto final. O presidente do Sergipe pode ser penalizado com até 570 dias de suspensão e até R$ 200 mil de multa, de acordo com o Código da CBJD.
O Sergipe foi denunciado por "Deixar de manter o local que tenha indicado para realização do evento com infra-estrutura necessária a assegurar plena garantia e segurança para sua realização" (Art. 211), "Deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir" (art. 213) e "Quando o agente mediante mais de uma ação ou omissão, pratica duas ou mais infrações, aplicam-se cumulativamente as penas" (art. 184).
Relembre a confusão
Após o apito final de Braulio da Silva Machado, as câmeras da transmissão da partida flagraram o presidente do Sergipe, Ernan Sena, partindo para cima da equipe arbitragem. O presidente do Sergipe tentou socar o árbitro da partida e avançou para cima do bandeirinha do jogo, quando foi atingido pelo mastro da bandeira e saiu de campo sangrando.
Torcedores que estavam nas arquibancas também invadiram o gramado e precisaram ser contidos pela Polícia Militar (PM). A súmula da partida registrou as agressões físicas e verbais do gestor do clube a equipe de arbitragem.
Braulio detalha que o presidente do Sergipe "desferiu vários socos em minha direção com uso de força e muita agressividade, sendo que o primeiros socos atingiram o lado esquerdo do meu rosto e os demais meu braço e costas".
A confusão se iniciou após membros da comissão técnica e torcedores interpretarem a arbitragem de Braulio como parcial e favorável à equipe do Botafogo. O Sergipe vencia o clube carioca até os acréscimos da partida, quando sofreu o empate e foi desclassificado da Copa do Brasil.
No dia seguinte à partida, dia 3 de março, a Procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) solicitou a suspensão preventiva do presidente do Sergipe por 90 dias.





