Neste sábado, 8 de fevereiro, completa um ano da morte de Kaio Vinícius Alves de Araújo, um torcedor de 24 anos que foi brutalmente assassinado em uma briga entre torcidas organizadas antes do clássico entre Sergipe e Confiança, em Aracaju. Ao todo, 16 pessoas foram indiciadas, sendo que apenas 7 continuam presas.

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A confusão que resultou na morte de Kaio aconteceu quatro dias antes - em 4 de fevereiro. Horas antes da partida, torcedores se enfrentaram no Terminal de Ônibus do Distrito Industrial de Aracaju, no bairro Inácio Barbosa, na Zona Sul da capital sergipana. Câmeras de segurança registraram as cenas de selvageria.

Kaio, que era torcedor do Confiança, foi cercado por membros da torcida do Sergipe e agredido violentamente. Ele foi socorrido e levado para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), mas sofreu uma parada cardiorrespiratória e faleceu dias depois.

As investigações foram conduzidas pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Após identificação dos envolvidos, 16 pessoas foram indiciadas pelo crime de homicídio, enquanto duas serão julgadas por crimes como promover pânico, atentado à segurança e destruição de bem público. 

Após um ano da morte de Kaio, o caso segue sem um desfecho completo. Atualmente, apenas sete dos indiciados continuam no sistema prisional, segundo a Secretaria de Estado da Justiça (Sejuc). Os demais, aguardam o julgamento em liberdade. 

A expectativa é que o processo judicial avance com a audiência de instrução e julgamento, marcada para o dia 11 de março de 2025, quando os responsáveis pelo crime poderão ser finalmente responsabilizados.

Desdobramentos

Após a morte de Kaio, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) e o Governo de Sergipe tomaram medidas para coibir as ações das torcidas organizadas no Estado. Em 13 de março de 2024, foi publicado no Diário Oficial uma portaria que definiu normas mais rigorosas.

Desde então, não está permitida a presença das organizadas nos estádios com faixas, bonés, calças, agasalhos, bandeiras e quaisquer outras indumentárias similares que identifiquem os grupos. A medida está em vigor até os dias atuais - valendo, inclusive, para o clássico deste domingo (9), entre Confiança e Sergipe.