Déda: questões políticas eleitorais estão emperrando Proinveste
Ele dirá aos sergipanos que as obras não saíram por culpa da oposição Política 22/11/2012 23h13 |Por Joedson Telles
O governador Marcelo Déda (PT) afirmou, na noite desta quinta-feira 22, não ter mais dúvida que questões políticas eleitorais explicam porque os projetos de lei que solicitam autorização da Assembleia Legislativa para que o governo do Estado contraia um empréstimo de R$ 727 milhões junto ao Governo Federal, através do Proinveste, estão enganchados nas comissões do Poder Legislativo Estadual. “Questões políticas eleitorais. Infelizmente, é uma dor dizer isso. Mas eu tenho paciência. Até 15 de dezembro, vamos ver o que acontece. Se não aprovarem, Sergipe perde do mesmo jeito. Por perder por w x o ou por uma votação que derrote o projeto”, disse o governador.
Segundo Marcelo Déda, caso a oposição deixe Sergipe em segundo plano, em detrimento da política eleitoral, e não aprove o empréstimo, Sergipe cobrará dos parlamentares. “E quando eu for para cada cidade dizer porque a obra não chegou? Quando eu for anunciar que não vai mais sair a rodovia de Pirambú? E os R$ 500 milhões para aquecer a economia? E os empregos que seriam gerados? O que o Estado ia arrecadar de impostos? Vai me prejudicar como governador? Vai. Mas vai prejudicar até o futuro governador. Quando você brinca com a economia, o erro que você comete hoje dá o retorna quatro anos depois. Mas eu acho que ainda dá tempo para conversar”, avalia.
Provocado sobre o discurso da oposição de que o governo precisa “amarrar cada projeto a cada obra” que pretende realizar com o dinheiro do Proinveste, Déda afirmou que não há mais nada a explicar. Que tudo já foi devidamente explicado. “As pessoas sabem disso. Nenhum outro empréstimo teve um debate como este. A lei autoriza o Estado a contratar, dá garantias e fazer o pagamento. O plano de trabalho é entregue ao banco, que pode até bloquear uma iniciativa porque não casa com o projeto do Conselho Monetário Nacional (CMN). O BNDS pode não aprovar uma daquelas iniciativas. A Caixa pode tirar alguma iniciativa. E por isso que não tem como você dizer que tem que estar escrito na lei porque é um contrato. Se você botar alguma coisa na lei que o regulamento do Proinveste não aceite, a Caixa não vai aprovar. Cai tudo. Eles (deputados da oposição) sabem que é assim. Sempre foi assim”, disse.
Questionado se, desta forma, ele entendia que a oposição estaria, então, enganando a sociedade, o governador foi elegante. “Eu não vou agredir ninguém. Não vou botar rótulo em ninguém. As pessoas sabem o que está acontecendo. O que há não é um debate técnico. Uma discussão sobre este ou aquele projeto. É uma politização e um eleitoralismo extremo na analise de um projeto que pode trazer R$ 530 milhões de investimentos para Sergipe, e cuja derrota ou não aprovação por decurso de prazo, vai prejudicar a indústria, o comércio. Vai impedir as empresas de faturarem, os trabalhadores de receberem os salários dos empregos que seriam conquistados, vai reduzir as casas que vamos construir, porque o governo está precisando de casas. Como alguém pode propor a invasão de um conjunto e não aprovar um projeto para construir casas? O povo está vendo. E vendo um governador que mesmo doente, quando tem um dia bom, vai para a guerra. O povo é sábio. Elegeu uma oposição sem dinheiro. Oposição de estudantes, advogados... Pichando o muro de madrugada para derrubar ditadura”, lembrou.
Sobre a notícia de que os deputados estaduais do PT de Alagoas votaram contra o Proinveste naquele estado, Déda explicou que a situação econômica dos dois estados é bem diferente. “Primeiro, a situação fiscal de Alagoas é diferente da de Sergipe. Alagoas há décadas vive numa situação financeira terrível. Mas mesmo assim, o PT de Alagoas errou. Agiu por política. Desconsiderou o interesse do povo de Alagoas. Não é assim que se faz oposição ao PSDB. Eu sei o que está sofrendo Dilma, o que Lula sofreu por oposição cega. O PT não poderia votar contra o Proinveste que é um projeto de Dilma. O PT de Alagoas errou: fez política pequena e não estratégica”, disse.
Déda salientou ainda que um partido disputa uma eleição e ganha não prejudicando o estado, mas travando a disputa. “Mostrando que o dinheiro é de Dilma. Da Nação brasileira. O PT de Alagoas deveria aprovar o Proinveste e dizer ao povo: ‘sabe por que o governador do PSDB vai ter recursos para investir? Porque a presidenta do PT criou um programa para salvar os estados brasileiros’. Assim se faz a boa política: capitalizando aquilo de bom que o nosso partido faz, e não destruindo o que o partido adversário quer fazer”, entende.


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