Governo de Sergipe / reprodução

Neste domingo (2), mais de 150 milhões de brasileiros irão às urnas para votar para os cargos de presidente da República, governador, senador, deputado federal e deputado estadual. Com a proximidade da reta final das Eleições 2022, há possíveis desdobramentos que podem ser previstos com base nas pesquisas eleitorais.

Em Sergipe, oito candidatos disputam o Executivo estadual. A pesquisa Ipec divulgada nesta segunda-feira (26) mostra o candidato Valmir de Francisquinho (PL) liderando a corrida eleitoral, com 38% das intenções de voto.

Entretanto, o candidato do Partido Liberal está legalmente inelegível até 2026 e teve sua candidatura impugnada pelo Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe (TRE-SE), a pedido do Ministério Público Eleitoral. A defesa de Valmir segue tentando reverter a decisão com recursos, que podem ser julgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até o dia da votação.

Caso contrário, o nome e a foto do candidato estarão nas urnas, mas especialistas em direito eleitoral consideram bastante improvável que ele consiga reverter a impugnação, conforme explicou o F5 News. Nesse sentido, os votos dados a Valmir seriam anulados, não sendo considerados válidos na contagem final.

Vale ressaltar que, para ser eleito governador, é necessário que o candidato receba mais votos do que a soma de todos os concorrentes, ou seja, que ele obtenha mais de 50% dos votos válidos - voto dado diretamente a um determinado candidato ou a um partido (voto de legenda).

Nesse contexto, a tendência é de que ocorra um segundo turno, provavelmente composto por Rogério Carvalho (PT) e Fábio Mitidieri (PSD), que lideram a pesquisa Ipec em segundo e terceiro lugares, respectivamente: o petista têm 20% das intenções de voto, enquanto o candidato do Partido Social Democrático, 16%.

Em um cenário de segundo turno, entretanto, as pesquisas apontam que a tendência é a vitória de Mitidieri: na simulação realizada na pesquisa Ipec, o candidato alcançou 37% das intenções de voto, enquanto Rogério obteve 31%.

Na mesma pesquisa, 21% dos entrevistados optaram por votos nulos e brancos e 11% não souberam ou preferiram não opinar. 

Além disso, os candidatos estão em empate técnico na pesquisa espontânea do mesmo instituto, em que o pesquisador não aponta nomes de candidatos e o eleitor cita sua escolha por conta própria, o que demonstra uma opção mais consolidada. Nesse modelo, Rogério obteve 9% das intenções de voto, enquanto Fábio teve 8%

Contudo, a pesquisa apontou que o petista tem maior rejeição do eleitorado – 25% disseram não votar nele de jeito nenhum - diante de 20% de Mitidieri, o que favorece o candidato do PSD.

O resultado das eleições presidenciais também deve ser levado em consideração, visto que Fábio e Rogério vêm utilizando a imagem de Lula em suas campanhas. Assim, caso o cargo de presidente seja definido já no primeiro turno, a disputa pelo governo pode ser influenciada.

Enquanto o petista tem se ancorado exclusivamente no apoio de Lula para tentar se eleger, com uma campanha pouco propositiva, o candidato do PSD declarou seu apoio ao candidato à presidência, mas possui outros instrumentos para além desse.

Nesse sentido, a campanha de Rogério poderia ser prejudicada tanto com uma vitória, quanto com uma derrota de Lula, visto que ele ficaria sem muitos argumentos.