João nega ter recebido doações da Odebrecht e se diz “indignado”
Política 23/03/2016 18h25 |Da Redação
O prefeito de Aracaju, João Alves Filho (DEM), aparece na relação de mais de 200 políticos brasileiros que teriam recebido doações da Odebrecht, mas o democrata nega que a empreiteira tenha contribuído para suas campanhas eleitorais. Na lista não aparece o nome de outros políticos sergipanos.
As planilhas estavam com o presidente da Odebrecht Infraestrutura, Benedicto Barbosa Silva Júnior. A superplanilha foi apreendida em fevereiro na Operação Acarajé, desdobramento da Lava Jato, na residência do empresário e foi liberada ontem (22) do sigilo judicial pelo juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato e publicada pelo blog do jornalista Fernando Rodrigues, hospedado no Uol.
O nome de João Alves aparece em dois documentos, no arquivo 6 página 1, arquivo 5 página 27 e arquivo 7 página 2 . Por meio de nota, o prefeito da capital sergipana reagiu com perplexidade. “Ao tomar conhecimento do seu nome envolvido em uma planilha divulgada pela empresa Odebrecht, o prefeito de Aracaju João Alves Filho se mostrou indignado, pois nem ele, nem o partido Democratas de Sergipe recebeu nenhum tipo de doação da empresa”, afirma nota divulgada na tarde desta quarta-feira (23).
As tabelas são detalhadas com nomes, partidos, cargos e valores repassados. Alguns políticos são chamados pelos apelidos: o presidente do Senado, Renan Calheiros, é “atleta"; o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, é “nervosinho" e Sérgio Cabral é “próximus".
Apesar de estarem sendo usadas nas investigações da Lava Jato, não significa, contudo, que todas as doações das listas tenham sido ilegais. Nas próprias planilhas, em alguns nomes, há menção de doações registradas no Tribunal Superior Eleitoral. O material está sendo investigado pela Polícia Federal em Curitiba.
Na tarde desta quarta, o juiz federal Sérgio Moro voltou a decretar sigilo sobre a superplanilha. O magistrado pediu ao Ministério Público Federal que se manifeste sobre ‘eventual remessa’ da documentação ao Supremo Tribunal Federal (STF). "Prematura conclusão quanto à natureza desses pagamentos. Não se trata de apreensão no Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht e o referido Grupo Odebrecht realizou, notoriamente, diversas doações eleitorais registradas nos últimos anos", argumentou o juiz.
*Com informações da Agência Estado
Foto: Fernanda Araujo/Arquivo F5 News


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