Lucimara tem punição mantida e chora ao lembrar violência sexual
Política 17/12/2014 15h01 |Por Will Rodrigues
A vereadora Lucimara Passos (PCdoB) entrou com dois recursos pedindo a anulação das punições que recebeu na Câmara Municipal de Aracaju (CMA), após ter ido à tribuna da Casa e exibido uma calcinha. A Comissão de Justiça da CMA apresentou parecer contrário à retirada das punições. Os recursos foram aprovados com 12 votos contra a vereadora, cinco a favor e uma abstenção, durante a sessão desta quarta-feira (17).
Antes da votação do segundo recurso (censura verbal), Lucimara ocupou a tribuna e disse que a atitude dos que votaram a favor da manutenção das advertências foi uma forma de violentá-la. “Não estou pedindo a amizade de vocês ou que julguem pela posição política, mas que se cumpra a lei. A partir do voto dos senhores, me considero vítima da violência. Aqui vocês estão penalizando a repercussão que o caso teve, pois uma mulher não pode se insurgir. Quantas calcinhas forem preciso tirar do bolso para lutar contra esse tipo de violência, tirarei”, disse chorando ao lembrar do caso de abuso que sofreu em 1999.
O vereador Lucas Aribé (PSB) afirmou que não houve excessos por parte de Lucimara durante o discurso que provocou a advertência. “Ela usou um símbolo feminino para abrilhantar a sua fala. A gente assiste aqui vereador chamando os outros de vagabundo e a Mesa Diretora não faz nada. São utilizados dois pesos e duas medidas”, argumentou.
No entendimento do vereador Jailton Santana (PSC), a atitude do presidente da CMA foi uma resposta a uma cobrança da população. “A sociedade cobrou essa postura e eu apoio para que sirva de exemplo, pois é preciso ter cuidado com a forma de comportamento dentro dessa casa”, defendeu.
O vereador Agamenon Sobral (PP), que também estava envolvido na polêmica da calcinha, voltou a avaliar a atitude de Lucimara como desrespeitosa. “Foi ela quem desrespeitou essa Casa e acho que a atitude do presidente foi até complacente”, afirmou.
A vereadora informou que vai entrar com um recurso contra as medidas em instâncias judiciais.
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