“Machado e João fora do processo político de 2014? Asseguro que não"
“De que forma eu não sei. Temos que aguardar”, diz Machado Política 13/01/2013 23h31 |Por Joedson Telles
O vice-prefeito de Aracaju, José Carlos Machado (PSDB), guarda a sete chaves a informação se o prefeito João Alves Filho (DEM) deixa a Prefeitura de Aracaju para tentar governar Sergipe pela quarta vez, em 2014, ou não. Todavia, revela com antecedência que, de uma forma ou de outra, direta ou indiretamente, ambos estarão, sim, participando do próximo pleito. “Machado e João estarão fora do processo político de 2014? Asseguro que não. De que forma eu não sei. Temos que aguardar os acontecimentos. Se o povo achar que eu tenho que ser candidato a deputado federal? (risos) Em Sergipe se fala mais da eleição de 2014 do que os graves problemas que afligem o estado como um todo”, disse Machado.
O vice-prefeito entende que “temos que dividir um pouco porque só se fala nas eleições de 2014, e isso cansa. Vamos tratar dos problemas que nos angustia. Que todos se somem, que mesmo sendo adversário sentem para conversar porque se eu sou oposição e Déda governa, qual o mal que conversemos? Ele tem suas convicções e eu tenho as minhas. As minhas eu não vou colocar na mesa para negociar e nem ele vai fazer isso. Eu penso de uma forma em relação a um problema. Se ele me convencer eu posso mudar de opinião sem problema nenhum. Deve nortear os interesses de Sergipe”.
Machado lembrou que passou oitos anos na Câmara Federal e assistiu a situação parecida ali. “Havia brigas na bancada de Alagoas, Bahia, mas quando estava em jogo os interesses de Sergipe, a bancada se unia. Acima do meu interesse, de quaisquer questões de ordem política estão interesse de Sergipe. Vamos começar a pensar e entender que essas questões eleitorais podem ser discutidas no momento certo, o meu propósito é o mesmo de João: dedicar todo o ano de 2013 para solucionar todos os problemas de Aracaju”, disse.
José Carlos Machado avalia que o ideal seria esse pensamento dominar toda a classe política. “Que o governo entendesse, que Jackson entendesse, que o senador Amorim entendesse dessa forma. Eu penso dessa forma. O governador tem uma missão de gerir o destino do Estado. Jackson é vice e é parceiro do governador. Eles têm uma responsabilidade maior até que a de João. João é gestor de Aracaju e Déda de Sergipe, e pode-se até dizer co-gestor de Aracaju. Então, o ideal era deixar para pensar em 2014 no mo mento certo”, insiste.
De acordo com o vice-prefeito de Aracaju, se todos os políticos – oposição e situação- se colocarem à disposição da sociedade para discutir os problemas de Sergipe essa mesma sociedade sairá ganhando. “Tomaram a obra de João, quando ele era governador. Passaram a conclusão para a Codevasf. Passaram-se seis anos e não fizeram nada. Isso que temos que discutir. Com a obra concluída pode disponibilizar água para 400 colonos que estão morando em terras irrigáveis, solos de alta qualidade, clima excelente e só falta água para que se possa produzir e transformar aqueles 400 colonos em uma classe média rural”, diz.
Machado citou como exemplo o que, segundo ele, acontece, hoje, no município de Itabaiana. “Eu ouvi um depoimento de um irrigante de um projeto que tem uma renda mensal de R$ 700 por semana. Estão, 400 colonos instalados em lotes, o canal passando na porta transportando água e eles em condições de pegar aquela água e levar para seu lote para começar a produzir. Não adianta só dá água. Tem que dar assistência técnica. Em Itabaiana está a demonstração viva. Isso é que eu quero discutir”.
Segundo Machado, outra questão que o aflige é que quando se começa a discutira a transposição de águas do São Francisco. “Fomos à Codevasf e eles falaram em obras compensatórias para Bahia, Sergipe e Alagoas. Ouvimos calado. O canal do sertão de Alagoas está quase pronto, avaliado em R$ 2 bilhões. O canal dois irmãos não saiu do papel. Isso é que me aflige. Na busca dessas soluções tem que haver a soma política. Nos perímetros irrigados do Baixo São Francisco eram produzidas toneladas de arroz. Hoje nada é produzido. Dentro dos recursos do Proinveste o que for estruturante ninguém pode ser contra. O que falta é capacidade de convencer. Não é a boa conversa, é uma conversa convincente”.


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