Por Joedson Telles

“Na imprensa tem pessoas que não merecem respeito”, diz Zeca da Silva

A informação não confirmada que dois deputados estaduais sergipanos teriam recebido uma proposta para não votar em Belivaldo Chagas para conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) em troca de R$ 500 mil deixou os parlamentares irritados. Veiculada em um jornal sergipano, na última quarta-feira (28) e ratificada, nesta quinta-feira (29), a notícia não revela quem seriam estes deputados. Tampouco quem estaria acusando-os de trocar o voto pela gorda propina. O deputado Zeca da Silva (PSC) não escondeu sua indignação.  

“O meu voto vale pela minha consciência. Voto pelo que penso e defendo. Peço desculpas, mas tem membros da imprensa que tratam o assunto com banalidade, mas o assunto é sério. Porque aqui (Alese) tem pessoas sérias, como na imprensa tem pessoas sérias e pessoas que não merecem respeito. Vejo este assunto ser tratado de forma ridícula. Tenho seis anos aqui, 12 como parlamentar, e nunca tratei deste assunto. Se tem nome, coloque. Porque do contrário, (a notícia) não tem validade nenhuma”, disse.       

Segundo Zeca da Silva, se o jornal revelar os nomes dos parlamentares, a notícia passa a ser muito grave e merecedora de uma apuração. “A presidência da Assembleia tem que se pronunciar. A instituição tem que se pronunciar. Com nomes é falta de decoro parlamentar”, afirmou o parlamentar, observando que a imprensa tem o direito de valer-se do chamado off. Porém, nem por isso pode “jogar ao vento” uma informação sem apresentar provas.      

Também indignado com a notícia, o vice-presidente da Casa, o deputado Garibalde Mendonça (PMDB), não apenas lamentou a forma como a informação foi ventilada como também classificou como boato. “Estou no 4º mandato e nunca vi uma proposta desta natureza nesta Casa. Isso é fofoca. O nome não é dado. E isso é ruim para o parlamento. Se existe isso, os nomes precisam aparecer. Mas acredito que não passe de fofoca”, insistiu.

A presidente da Assembleia Legislativa, a deputada Angélica Guimarães (PSC), prometeu reunir os demais deputados para decidir as medidas a serem adotadas pela Casa. A princípio, ficou decidido que uma nota pública será divulgada.