“Não vou abandonar o PT por pressão de grupos internos”, diz Ana Lúcia
Deputada afirma saber discernir onde estão os conservadores Política 19/03/2013 08h34 |Por Joedson Telles
Mesmo radicalizando que não aceita uma aliança entre o Partido dos Trabalhadores e o DEM, do prefeito João Alves Filho, a deputada estadual Ana Lúcia (PT) não assegura se deixa ou não a legenda, caso seja voz vencida, e João Alves, Maria do Carmo, José Carlos Machado e outros aliados passem a dividir o mesmo palanque com o PT, nas eleições de 2014. Segundo a deputada, isso aí vai depender de toda discussão interna da Tendência Articulação de Esquerda – corrente à qual ela faz parte dentro do PT. “Eu não vou abandonar o Partido dos Trabalhadores por pressão de grupos internos do Partido dos Trabalhadores e nem da direita. A gente sabe discernir onde estão os conservadores, e onde estão os interesses de pequenos grupos de prejudicar a Articulação de Esquerda. Isso a gente vem cada vez amadurecendo. Nós pertencemos a uma tendência que é nacional. Não tomamos posição e atitudes só pela conjuntura de Sergipe. Tomamos a partir de uma orientação nacional. É uma outra discussão que espero que não aconteça essa aliança com o DEM”, diz.
A deputada acredita que o PT está atrasado no tocante a discutir um nome para disputar o governo do Estado em 2014. Observando que este ano haverá eleição interna no PT, Ana acredita que uma das pautas será a eleição para governo do Estado e para senador da República. “Acho que já precisa estar na disputa os nomes. O PT está muito atrasado nisso. Nas eleições internas, vamos estar pautando as eleições de 2014, como também o programa e os princípios que norteiam este programa. Vamos discutir o que vai nortear e quais as teses para o 5º Congresso. A Articulação terá candidato próprio para disputar a direção estadual e as direções municipais”, garantiu.
Ana Lúcia observou que, como o partido não lançou nome até o momento, o provável é que apóie uma candidatura do vice-governador Jackson Barreto (PMDB). “Em geral tem essa discussão do vice, e quando Jackson foi para vice já tinha a discussão. Acredito que os partidos aliados estão discutindo essa linha. Não tem novidade: o bloco de oposição tem um candidato já, que é o Eduardo Amorim, o bloco da situação, Jackson. Pode surgir outro, mas, no momento, é Jackson”, disse ratificando que não aceitará uma aliança com o DEM. “Não é João Alves, mas o que ele representa. O DEM. A ideologia do DEM. A política não é individual, é coletiva”, disse.
Segundo a deputada, como o 4º Congresso do PT determinou que não pode haver aliança com o DEM, PSDB e o PPS, não há o que se discutir no tocante a uma aliança com o DEM. “O que você vai dizer à sociedade, se o PT e o DEM sempre foram oposição ideológica? Pragmática? Vai dialogar o quê com a sociedade? E faço a pergunta aos dois partidos. Fica complicado. Eu sigo as regras, os princípios, os programas do Partido dos Trabalhadores. Não vejo como ter essa aliança. A população não entenderá. Você tem quase 40 partidos, mas a maioria não disputa no mundo das ideias. Da ideologia. Do projeto estratégico. O que é que você quer com a nação brasileira? O PT e o DEM disputam. O PSDB disputa. O DEM e o PSDB têm afinidades. Se não tem essa identidade como é que o PT e o DEM vão fazer aliança? Acho muito difícil”, disse, entendendo que quem defende a aliança precisa explicar isso à sociedade.


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