O prefeito de São Cristóvão, Júlio de Marcos Santana, manifestou preocupações em relação a suspensão da licitação do transporte público da região metropolitana de Aracaju, anunciada pela prefeita Emília Corrêa. Em entrevista à TV Sergipe nesta terça-feira (7), ele destacou que a decisão de cancelar a ordem de serviço para a operação do transporte coletivo pode afetar negativamente a qualidade do serviço no município.

De acordo com o prefeito, São Cristóvão tem experimentado avanços desde a implementação da licitação, com a empresa Atalaia operando em três linhas com ônibus novos e pontualidade. "Hoje, já conseguimos substituir algumas linhas. A Atalaia está operando com ônibus novos e com a pontualidade muito bem organizada", disse.

Ele afirmou que a principal preocupação é a possibilidade de uma nova mudança na gestão do transporte, que poderia resultar no retorno das condições precárias, como as que existiam anteriormente. "Tenho muito temor de que a empresa que está operando de forma temporária saia e a gente retorne à empresa anterior, com ônibus em condições precárias", explicou.

O prefeito também abordou a questão da presidência do consórcio responsável pelo transporte. A prefeita Emília Corrêa sugeriu a nomeação do superintendente da SMTT de Aracaju, Nelson Felipe, como novo presidente interino do consórcio. Júlio de Marcos afirmou que ainda não tinha conhecimento sobre o nome proposto e que precisaria analisar a situação com mais detalhes.

"Eu preciso conhecer o novo nome para tomar uma decisão. Também conversei com o superintendente da SMTT que participou de todo o processo, e ele não tem objeções sobre o atual presidente", disse.

Em relação à possibilidade de uma nova licitação para o transporte público, o prefeito considerou o prazo de seis meses para a realização de um novo processo licitatório como "muito otimista". Segundo ele, serão necessários novos estudos e análises para reavaliar a composição dos cursos e os custos do serviço, além de discutir as questões técnicas relacionadas ao atendimento nas comunidades. "Acho que seria um prazo muito apertado. Outros prefeitos já estão questionando o valor e a qualidade do serviço", apontou.

Júlio de Marcos também destacou que o município já havia se preparado financeiramente para o pagamento ao consórcio, com uma previsão anual de cerca de R$ 6 milhões. Ele afirmou que a Prefeitura de São Cristóvão seguirá buscando a melhoria do serviço de transporte público, sempre com base em critérios técnicos, sem politizar o tema.