Presidente diz que vereadores querem extorquir Câmara
Política 08/01/2012 11h13 |Por Márcio Rocha
São Cristóvão, a quarta cidade mais antiga do Brasil, é considerada, por muitos, uma cidade problema. Embora possua um grande acervo histórico-cultural, atraindo turistas do mundo inteiro, o município tem enfrentado dificuldades nas áreas política e econômica. Após a administração turbulenta do falecido José Correia Santos Neto, o Zezinho da Everest, São Cristóvão parece ter perdido seu “sossego”. Como se não bastassem as reclamações da população com a atual gestão do prefeito Alex Rocha (PDT), alguns vereadores decidiram levantar suas queixas. Na última sexta-feira (6), a imprensa divulgou a notícia da iminente destituição do cargo de presidente da Câmara, ocupado por Paulo Roberto de Santana (PSL), conhecido como Paulinho dos Correios. Oito parlamentares, inclusive os líderes da oposição e situação, assinaram um ofício solicitando a destituição do cargo.
Motivos
Os vereadores insatisfeitos acusam Paulo Roberto de negligência e utilização do cargo para fins ilícitos, alegando ainda que o mesmo tem permitido ao filho, Paulo Roberto Júnior, apropriação do poder administrativo da Câmara, ao deixá-lo participar de reuniões, deliberações e atos administrativos.
Contradições
Paulo Roberto, em conversa com o F5 News, confirmou que os vereadores tentaram coagi-lo a deixar a presidência da Câmara Municipal, após este ter recusado aumentar a verba indenizatória dos parlamentares de R$ 3.500 mil para R$ 5 mil mensais. Paulo não entende como os mesmos vereadores que elogiaram sua administração à frente da casa legislativa municipal agora pedem sua saída. O presidente acredita que o fato de ele ter recusado o aumento tenha motivado essa atitude.
“Os vereadores queriam que eu aumentasse a verba indenizatória em um ano eleitoral e usaram esse argumento para me convencer. Eu vou dar tiro no pé? Não sou louco”, disse Paulinho do Correio, se referindo aos problemas que pode ter com a aprovação de suas contas e o desequilíbrio a ser provocado pelos gastos que os oito vereadores queriam imputar à Câmara.
A finalidade da verba indenizatória é bancar gastos de gabinete, não ser usada de maneira eleitoral. A proposta dos vereadores deixa clara a intenção de usar o dinheiro para gastos com campanha. “Eu não sou doido pra fazer uma coisa dessas”, disse o vereador.
Segundo o presidente da Câmara de São Cristóvão, os vereadores se reuniram na casa do líder do prefeito, o vereador Irmão Gibson (PSC). Apenas o vereador Chagas (PMDB) não compareceu à reunião por não concordar com as intenções dos vereadores, nem mesmo de aumentar a verba, tampouco pedir a renúncia do presidente da Câmara.
“O que os vereadores tentaram fazer comigo é, na verdade, extorquir a Câmara e o povo de São Cristóvão. Uma administração que na última sessão de 2011 (gravada), dia 15 de dezembro, foi elogiada por todos pela ética, transparência e equilíbrio de gastos com responsabilidade, de repente passou a não prestar por causa de não aceitar a coação deles para terem mais dinheiro em um ano eleitoral”, comentou o presidente.
Paulinho do Correio irá até o Ministério Público na próxima semana, para expor a situação da tentativa de extorsão aplicada pelos vereadores. Segundo ele, seu trabalho à frente da Casa não tem nenhum ilícito, nem problemas com as contas.
Sobre a afirmação que versa a respeito de seu filho estar presente nas sessões e deliberando sobre as ações da Casa, Paulo Roberto confirma a presença de seu filho na Câmara para acompanhá-lo. Todavia, nega a participação do jovem em qualquer decisão.


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