Ao se pronunciar sobre as declarações do presidente da Câmara Municipal de Aracaju, Vinícius Porto, o vereador Dr. Emerson (PT) negou ter dito que o colega agiu com malandragem quando foi votado na Casa o Projeto de Lei que reajustou o IPTU de Aracaju. “Eu sei muito bem o que falei, está registrado. O que está no pano de fundo de tudo isso é que eu não exerço a política no lugar comum. Tem muita gente que quer o bônus de ser da situação, mas não quer o ônus. Equilíbrio e correção são obrigações de qualquer homem público. Quando eu quero usar determinado adjetivo ou palavra uso. Fiz tudo isso sem ira e sem raiva. Quem me conhece sabe que eu não uso essas palavras. Se achasse que era devida eu usaria”.

“Quem me conhece sabe que eu não uso essas palavras" diz Dr Emerson

Dr. Emerson disse que tem tranquilidade porque jamais falou as palavras que estão sendo atribuídas a ele, e explicou que o que houve no dia da votação do reajuste do IPTU foi um procedimento onde parece que só cabia um resultado. “O que houve aqui foi uma ação protelatória em nome de fatos regimentais. Todo mundo viu a pressão exercida em cima de vereadores para mudança de voto. Depois de mais de uma hora depois chega um vereador que chegou para votar e não conseguia. Eu desafio que aqui vai comprovar em qualquer lugar algo diferente do que eu tenho dito em todos os lugares. Eu disse que o vereador tinha uma compreensão diferente da que eu tenho sobre o mesmo fato. Eu acho que houve manobras protelatórias”.

Lembrando o episódio da votação, o vereador desafiou qualquer órgão de imprensa a dizer que ele tenha dito palavra de enrolação ou de malandragem. “Esse Câmara por mais de uma hora disse não a aprovação do projeto do IPTU. Foi 11 x7, 12 x 6, e não se declarava o resultado. A Casa naquele momento dizia que queria a rejeição do projeto. Eu faço política e não pactuo com determinadas coisas. É importante que a gente analise quando está prestando serviço ou desserviço. Eu irei sempre a Justiça porque não vou ficar só aqui discutindo que partido é bom e o seu não é”.

Segundo o parlamentar, o que aconteceu foi o desenrolar de um processo onde só cabia um resultado, onde os vereadores fizeram isso usando mecanismos regimentais. “Todo mundo sabe que o vereador tentou o voto mais uma vez, o presidente chamou a equipe técnica pra ver o que estava acontecendo, e isso ficou aqui por mais de uma hora. Eu não retiro uma palavra do que disse e continuarei vigilante para que em ações como essas eu não hesite em agir”.