Sindicatos da CUT estudam estratégias de negociação coletiva | F5 News - Sergipe Atualizado

Sindicatos da CUT estudam estratégias de negociação coletiva
Política 14/04/2015 07h02 |


Atentos à palestra de Luís Moura, técnico do DIEESE, lideranças sindicais do SINDIMINAS, SINDISAN, SEPUMI, SINDISERVE GLÓRIA, SINDISERVE PROPRIÁ, SINDSEMP, SINTESE, SINDISERVE CANINDÉ, SINDIJUS, SINDICONTAS, SINDISCOSE, SIAMU, SINDISEME e SINDIPEMA estiveram no auditório da CUT/SE, partilhando casos do dia-a-dia da atuação sindical, discutindo e aprendendo a lidar com as diferentes formas de negociação coletiva.

“Mostramos aos sindicatos todo o processo da negociação coletiva, inclusive para cenários onde o patronato tem uma postura extremamente intransigente. O trabalhador que participou deste percurso informativo pode sair daqui capaz de perceber e identificar a situação de negociação e elaborar a melhor estratégia de acordo com a atitude patronal. Não esquecendo que só dá para fazer qualquer ação sindical de forma efetiva com os trabalhadores organizados, mobilizados, participando das atividades sindicais, ou seja, construindo uma reação à intransigência patronal”, explicou Luís Moura.

Presidente do SINDIPEMA, o professor Adelmo Meneses afirmou que o curso serve para animar dirigentes sindicais de diferentes categorias que neste momento passam por um período tenebroso de perda de direitos conquistados. “Vivenciamos um sério impasse em termos de negociação coletiva. Fazemos assembleia geral, aprovamos uma pauta de reivindicações e quando a gente vai à mesa de negociação nos deparamos com um pacote pronto de retirada de direitos, o retrocesso e a intransigência... Esta formação é de grande valia porque o sindicalista sem assessoria e sem estratégia tem mais dificuldades para conquistar avanços na negociação coletiva”.

O Sindicato dos Trabalhadores do Ministério Público (SINDISEMP/SE), que lida com patrões com poder de julgar a ilegalidade da greve de todas as categorias, compareceu em peso à formação. “Com apenas 4 meses de existência, estamos fazendo um trabalho respaldado pela base, e definimos em assembleia 10 reivindicações da categoria. Temos o pior vencimento da federação, recebemos menos que os servidores do MP de Alagoas e Roraima, que tem um PIB menor que o de Sergipe.  Por isso a melhoria salarial é meta importante no nosso horizonte de luta, assim como a incorporação de uma gratificação que representa metade do nosso salário, trata-se de uma incorporação que é concedida ou retirada a depender da vontade do patrão, e isso ajuda a desmobilizar a categoria, temerosa de participar das atividades do sindicato pelo risco de ter metade do seu salário cortado. Vamos utilizar o conhecimento aprendido no curso para negociar este avanço, entre outros”, explicou o dirigente Roque Sousa.

Além da intransigência patronal, o dirigente do SEPUMI (Servidores de Itabaiana), Braulio Brito, cita a pressão política como mais um elemento que dificulta a negociação sindical. “Sindicalistas que atuam no interior sofrem por conta da política. Quando ele começa a criticar o gestor ele é logo acusado de estar colaborando com o opositor político. O coronelismo vem à tona com toda força. Há casos em que não acontece a negociação, os presidentes de sindicatos são agredidos verbalmente e acusados de trabalhar em prol de si próprio e do seu sindicato e contra o servidor. A negociação é travada e trancada. Se o dirigente sindical não tiver uma estratégia, ele fica imobilizado”.

Dirigente da CUT/SE e do SINDIJUS, Plínio Pugliesi elogiou o trabalho de Luís Moura, ressaltando sua contribuição na luta sindical em Sergipe e a importância do DIEESE enquanto entidade com o nome gravado na história de luta dos trabalhadores brasileiros. “O sindicalista deve se antecipar, e isso exige preparo... Antes da Reforma administrativa de Jackson, a CUT já vinha fazendo manifestações exigindo transparência nas contas públicas, porque a população deve ter acesso a informações referentes ao investimento de verba pública para cobrar as prioridades. Por isso enfatizo a importância da central, deste espaço coletivo, para refletirmos e lutarmos juntos”.

Fonte e foto: Asscom/CUT-SE

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