O nome é forte, único e polêmico, mas segundo seu criador, André Gusmão, o nome do grupo de comédia na internet “Boja de Mijo” surgiu através de uma brincadeira de bastidores. “Eu imito um velhinho, "Seu" Aderbal, com aquela voz rouca característica e sotaque nordestino bem carregado. O Aderbal em tudo que falava sempre citava que os meninos da rua dele quando saiam do banheiro deixavam à mostra uma "mancha de xixi" na bermuda, a qual ele chamava de "Boga de Mijo", assim ficou o nome”, explica.

O Boga, como já é chamado, surgiu de maneira involuntária com a tentativa de revelar as irreverências e bobagens dos amigos André e Fred Neumann. “Rabisquei um pequeno texto e nos juntamos pra filmar, postamos no youtube, sem divulgar pra muita gente; um amigo compartilhou e ficamos com essa responsabilidade de continuar a publicar”, comenta André como tudo começou.

A simples brincadeira do grupo restrito de amigos foi ganhando agregados e em apenas cinco meses de existência o Boga já tem 12 pessoas que fazem parte do elenco. Alguns episódios receberam reforço especial com a participação dos atores sergipanos Bubiz Barros e André Santana. “Nosso propósito é sempre que possível convidar um grande nome do teatro para gravar com o elenco fixo do Boga”, pontua.

Ambos acumulam as funções de atores e roteiristas, mas André atua como diretor e Fred é o produtor executivo. Segundo eles o grupo é inspirador em grandes grupos como o Porta dos Fundos, Parafernalha, Jô Soares, Planeta dos Homens e outros grandes programas de humor da TV e da própria internet, mas que estão buscando o formato próprio.

“Passamos o tempo todo pensando em histórias, roteiros, situações engraçadas. Nosso humor não é escrachado, mas passeia pelo humor meio maluco do Mont Python até o limite dos Três patetas, Jerry Lewis e outros gigantes”, esclarece Fred.

O canal já ultrapassou os 30.000 views, mas o episódio “Wirelles” foi o que acumulou o maior índice de acessos, 4300. Apesar de terem despontado rapidamente e deixar Sergipe em destaque no campo do humor, o canal não conta ainda com apoio do empresariado local. “Já temos um numero considerável de visualizações, mas, sem apoio, vai ser difícil caminhar com mais rapidez”, desabafa André.

Fonte e foto: divulgação