Brasil promulga protocolo para construção do sexto satélite com a China
Com previsão de lançamento em 2028, novo satélite fará uso da Plataforma MultiMissão (PMM) Brasil e Mundo 10/06/2025 11h45 |Nesta quarta-feira (10), foi publicado no Diário Oficial da União o Decreto nº 12.496, de 9 de junho de 2025 . O documento promulga o Protocolo Complementar sobre o Desenvolvimento Conjunto do Cbers-6, celebrado entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da República Popular da China.
O Protocolo Complementar já havia sido aprovado em dezembro de 2024, por meio do Decreto Legislativo nº 214, de 2024 . O texto, constante do Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 361/2024 , foi assinado em Pequim, em 14 de abril de 2023. Ele estabelece os termos para o desenvolvimento e lançamento do sexto satélite da série, o Cbers-6.
Com lançamento previsto para 2028, o CBERS-6 utilizará a Plataforma MultiMissão (PMM), desenvolvida no Brasil e validada na missão Amazônia 1. A carga útil será um radar SAR (Synthetic Aperture Radar) em banda X, fornecido pela China. A principal vantagem da tecnologia SAR é a geração de dados independentemente das condições climáticas.
Essa nova missão complementará os dados das missões ópticas dos satélites anteriores da série CBERS (China-Brazil Earth Resources Satellite), com a vantagem de operar tanto de dia quanto à noite, além de realizar observações mesmo com nuvens, brumas, fumaça ou chuva.
O Cbers-6 deverá fornecer dados estratégicos para o planejamento, monitoramento e controle do desmatamento, queimadas, vigilância de fronteiras, estudos urbanos, recursos hídricos e vegetação, vigilância costeira e aplicações na agricultura.
O programa Cbers
O Programa Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres (Cbers) nasceu de uma parceria inédita entre Brasil e China no setor técnico-científico espacial. Com isto, o Brasil ingressou no seleto grupo de Países detentores da tecnologia de geração de dados primários de sensoriamento remoto.
Um dos frutos dessa cooperação foi a obtenção de uma poderosa ferramenta para monitorar seu imenso território com satélites próprios de sensoriamento remoto, buscando consolidar uma importante autonomia neste segmento.
Sobre a AEB
A Agência Espacial Brasileira (AEB), órgão central do Sistema Nacional de Desenvolvimento das Atividades Espaciais (Sindae), é uma autarquia pública vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), responsável por formular, coordenar e executar a Política Espacial Brasileira.
Desde a sua criação, em 10 de fevereiro de 1994, a Agência trabalha para viabilizar os esforços do Estado Brasileiro na promoção do bem-estar da sociedade, por meio do emprego soberano do setor espacial.
Fonte: Governo Federal





