Sob protestos, Dilma empossa Lula como chefe da Casa Civil
Brasil e Mundo 17/03/2016 11h28 |A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (17) que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tomou posse há pouco como ministro-chefe da Casa Civil, é o maior líder político do país. “As dificuldades, muitas vezes, costumam criar oportunidades. As circunstâncias atuais me dão a magnífica chance de trazer para o governo o maior líder político desse país”.
Ela acrescentou que Lula, além de ser grande líder político, é um grande amigo e companheiro de lutas. “Seja bem-vindo, querido companheiro ministro Lula. Eu conto com a experiência do ex-presidente Lula, conto com a identidade que ele tem com esse país e com o povo desse país. Conto com sua incomparável capacidade de olhar nos olhos do nosso povo, de entender esse povo. A sua presença aqui, companheiro Lula, mostra que você tem a grandeza dos estadistas. Prova que não há obstáculos à nossa disposição de trabalharmos juntos pelo Brasil.”
Os presentes à posse no Salão Nobre do Palácio do Planalto, em sua maioria representantes de movimentos sociais e sindicais, interromperam o discurso da presidenta com palavras de ordem e gritos de “Ole, ole, ole, olá, Lulá, Lulá”, “O povo não é bobo, abaixo a Rede Globo”, “A verdade é dura, a Rede Globo apoiou a ditadura”.
O deputado Major Olímpio (SD-SP) foi expulso da cerimônia no Palácio do Planalto após gritar por várias vezes “vergonha”, durante a posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no cargo de ministro-chefe da Casa Civil. Em resposta, diversos presentes o chamaram de golpista, enquanto os seguranças o retiraram do local. O incidente ocorreu logo no início do discurso da presidenta Dilma Rousseff.
A cerimônia ocorreu em meio a tensões na parte externa do Palácio, entre manifestantes a favor e contrários ao governo federal e à posse de Lula no cargo.
Após a divulgação de gravações de conversas entre Lula e a presidenta Dilma Rousseff na noite de ontem (16), cerca de 5,5 mil pessoas, segundo a Polícia Militar, fizeram uma manifestação contrária ao governo por cerca de quatro horas em frente ao Palácio do Planalto e, depois, no gramado do Congresso Nacional.
Responsável pelos processos da Operação Lava Jato, o juiz federal Sérgio Moro, divulgou ontem (16) à tarde o teor desta e de outras conversas do ex-presidente que, segundo a Justiça do Paraná, teve suas ligações telefônicas interceptadas pela Polícia Federal. Nessas interceptações, a presidenta disse a Lula que enviaria a ele o termo de posse, para ser usado “em caso de necessidade”.
O Palácio do Planalto negou que a assinatura do termo de posse do ex-presidente Lula como ministro-chefe da Casa Civil tenha sido antecipada para garantir a ele foro privilegiado de modo imediato, e que o caso de necessidade se referia ao caso de o ex-presidente não poder comparecer na posse.
Também tomaram posse o ministro da Justiça, Eugênio Aragão, o chefe de gabinete pessoal da Presidência, Jaques Wagner, e o secretário de Aviação Civil, Mário Lopes.
*Com informações da Agência Brasil


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