Avós sergipanos contam como usam a tecnologia para estar com os netos
Vídeos chamadas e troca de mensagens se tornaram meios de diminuir a saudade Cotidiano | Por F5 News 26/07/2024 13h30 |À medida que a tecnologia avança e a sociedade se torna cada vez mais digital, muitos avós têm se encontrado navegando por um mundo de smartphones, redes sociais e videochamadas. Para uma geração que cresceu sem essas ferramentas, a adaptação às novas tecnologias pode parecer um desafio. No entanto, para muitos avós, a necessidade de manter laços com netos e familiares que vivem longe tem sido um motivador poderoso para abraçar o mundo digital.
A capacidade de ver e conversar com entes queridos que estão a quilômetros de distância, que antes era algo impensável, tornou-se uma realidade comum graças a todos os avanços tecnológicos. Em comemoração ao Dia dos Avós, celebrado nesta sexta-feira (26), o F5 News conversou com três avós de Sergipe para entender como a tecnologia tem transformado suas vidas e suas relações familiares.
Fátima Ferreira, de 64 anos, reside em Sergipe, enquanto sua filha e suas duas netas moram na Argentina. Antes da chegada das novas ferramentas que temos hoje em dia, ela já utilizava outros meios de comunicação tradicionais para se manter conectada com a família distante.
“Primeiro, usei o Skype para conversar com minha filha, que se casou com um rapaz de lá, em 2012. Foi uma grande novidade na época. Depois, com a chegada do WhatsApp, facilitou muito, porque a gente consegue falar por vídeo a qualquer hora e em qualquer lugar, sem precisar de um PC. Basta ter o celular”, explica ao F5 News.
Sem dificuldade para aprender a usar as novas tecnologias, Fátima encontrou nas videochamadas uma fonte de alegria e um meio de se aproximar dos netos. Ela conta que sua neta, que só tinha visto quando era pequenininha, a reconheceu após anos sem se verem devido à pandemia. A filha de Fátima até temia que a neta não reconhecesse a avó, mas, graças a todas as chamadas, brincadeiras e mensagens trocadas, a neta a reconheceu imediatamente. “Quando isso aconteceu, percebemos que esse contato com o vídeo diário fez ela se aproximar muito de mim como se fosse pessoalmente. Eu sou muito ligada a elas, eu tenho mais ligação do que a avó que mora na mesma cidade que elas, porque falo todo dia, a gente faz chamada de vídeo todo dia, e enviamos memes uma para as outras, eu até fiz uma música para elas”, conta Ferreira.Para Emilinha Monteiro, de 63 anos, a experiência positiva também é a mesma. Com quatro netos, sendo três morando fora do estado, ela utiliza os recursos tecnológicos para se sentir mais próxima e matar um pouco da saudade. "Tenho quatro netos, três moram foram do Estado, falar com eles através do celular, ouvir à voz, ver o que estão fazendo, acompanhando o crescimento e o desenvolvimento deles através da tela, monitorando as enfermidades, viroses que às vezes são acometidos, é extremamente gratificante pois ameniza a dor da saudade e a distância parece não ser real".
São novas ferramentas que permitem que eles consigam acompanhar o crescimento dos netos e participar das suas vidas de maneira mais próxima, apesar da separação geográfica. Porém, apesar das inúmeras vantagens, para Emilinha a adaptação à tecnologia não foi isenta de desafios.“A princípio foi difícil começar a usar os recursos do aparelho celular, na verdade até hoje ainda tenho algumas dificuldades, como o teclado digital que por vezes acabamos errando. Não recebemos treinamento para isso e fomos obrigados a aprender, com muita persistência e determinação, essa evolução tecnológica é um grande desafio para nós, que viemos de outra geração”, explica. Ela ainda comenta que, apesar de serem pequenos, os netos sempre a ensinam a usar a tecnologia.
Já Maelson Ângelo, com seus 62 anos, é um pouco diferente em relação a essas novas tecnologias. Ele entrou para esse mundo por conta das demandas de seu trabalho, e embora não seja adepto de redes sociais como Instagram ou Facebook, ele acaba utilizando bastante o WhatsApp. “Na verdade, não sou fã de redes sociais. Uso o WhatsApp exclusivamente para manter contato com a família e para questões de trabalho”, afirma ele.
Ao contrário das duas avós sergipanas, Ângelo não costuma usar videochamadas, nem mesmo para conversar com seus netos. No entanto, isso não o impede de reconhecer o impacto positivo da tecnologia na aproximação das pessoas. “Não costumo fazer videochamadas. A maioria das minhas interações com eles é feita através de mensagens de texto ou áudios. Mas com certeza e sem sombra de dúvidas eu acho que a tecnologia veio para ficar e encurtar o tempo e o espaço entre as pessoas.”, conclui.





