Ceasa: expectativa é de que vendas de milho aumentem nesta véspera de São João | F5 News - Sergipe Atualizado

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Ceasa: expectativa é de que vendas de milho aumentem nesta véspera de São João
Vendedores reclamam de baixa demanda por milho nos últimos dias, mas véspera do festejos pode aumentar a demanda
Cotidiano | Por F5 News 23/06/2025 08h51 |


A Central de Abastecimento de Sergipe (Ceasa) tem recebido, diariamente, cerca de dez caminhões do tipo “mercedinha”, cada um trazendo até 18 mil espigas de milho verde. A expectativa da organização é que esse número dobre nesta véspera de São João, quando a tradição costuma falar mais alto e o consumo dispara. Neste ano, a feira conta com 70 bancas e maior cobertura para acolher os feirantes e clientes, que já aparecem em maior número do que em 2024.

E o consumidor precisa ficar de olho no horário de funcionamento do Ceasa para não ficar sem o milho: nesta segunda-feira (23), a Central funcionará até às 17h. Na terça, diante do ponto facultativo, fechará às 13h.

Apesar da boa estrutura e do volume de produto, o comerciante Jurassi Silva Porto, de 53 anos, enfrenta um cenário diferente. "A venda está fraca, devagar. Tem milho, mas não tem quem compre", lamenta. Para ele, a dificuldade do comércio está ligada à realidade financeira das famílias. "Muita gente está sem dinheiro, desempregada. A gente vende o que dá, e ainda tem que pagar o povo da roça", diz.

 

Jurassi compra o milho tanto na roça quanto diretamente na Ceasa. Segundo ele, o preço da mão – com 50 espigas – tem variado entre R$ 30 e R$ 20, mas mesmo com o valor mais acessível, as vendas continuam lentas. "Por menos de R$ 15, o pessoal nem quer saber. Quem tem dinheiro, às vezes nem vem. E quem quer comprar, muitas vezes não pode", resume.

Já Luiz Alberto, de 62 anos, morador do Parque dos Faróis, tem uma visão mais positiva. Ele também revende milho comprado diretamente de produtores e acredita que o movimento deve crescer. "A expectativa é boa. As vendas geralmente melhoram muito nos últimos dias. O pessoal vem, leva carradas para os bairros, e a feira enche", afirma.

Para ele, o fator decisivo ainda é o preço. "Se baixar, o consumidor leva mais. O milho está variando entre R$ 20 e R$ 40 a mão, depende do ponto", explica.

A assessoria da Ceasa reforça essa expectativa: o maior volume de vendas costuma ocorrer às vésperas do São João e do São Pedro. A previsão é que, nesses dias, a feira receba até 20 caminhões por dia — o que representa mais de 100 toneladas ou 300 mil espigas comercializadas.

Além do milho verde em casca, ainda muito procurado para o cozimento, o produto também é vendido em outros formatos: no ponto para pamonha, cuscuz, descascado ou ralado — opções que ampliam a oferta e agradam a diferentes públicos.

Por enquanto, as bancas estão abastecidas, o milho é de qualidade e a tradição está garantida. Mas, como todo bom feirante sabe, é preciso paciência e esperança. Os dias de maior movimento ainda estão por vir, e, com eles, a chance de virar o jogo e aquecer de vez o comércio.

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