O potencial inovador da Inteligência Artificial na gestão de pessoas e os desafios da construção de uma liderança humanizada estão entre os temas discutidos nesta sexta-feira (17) durante o 28º Congresso da Associação Brasileira de Recursos Humanos de Sergipe (ABRH-SE), que ocorre em Aracaju.

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O evento, que tem patrocínio do Grupo Multserv e cobertura do F5News, também apresenta produtos e soluções transformadoras para ajudar os departamentos de Recursos Humanos (RH) e Departamento Pessoal (DP) de organizações públicas e privadas.

A inteligência artificial é um campo da ciência da computação que se concentra no desenvolvimento de sistemas capazes de realizar tarefas que normalmente exigiriam inteligência humana. Na gestão de pessoas, a IA pode ser usada para automatizar processos de recrutamento, análise de desempenho, previsão de tendências de mercado de trabalho e muito mais. 

O palestrante do congresso, Alex Araxa, reforça um pouco sobre como essas ferramentas têm impactado positivamente nesses processos. “Elas impactam no número um de gestão de pessoas, que é no tempo. Então, quando a gente fala de inteligência artificial, a gente fala em, antes de tudo, ter mais tempo. Se um gestor consegue otimizar tarefas repetitivas, tarefas do dia-a-dia, análise de dados, tudo isso acaba impactando no tempo dele. E esse tempo reflete no olhar que ele tem pela equipe, pelas pessoas. Então é um impacto muito positivo”, afirma.

Embora seja uma ferramenta benéfica, os gestores devem estar conscientes dos cuidados e considerações ao incorporar a inteligência artificial em suas rotinas diárias. Mesmo como uma excelente aliada, não deve ser considerada como o único pilar.

“A gente não pode olhar a inteligência artificial como uma muleta. Eu costumo dizer que a inteligência artificial exponencializa nossas capacidades, mas elas não devem nos tornar preguiçosos ou acomodados", disse Araxa. "Acho que vai muito da educação, para você utilizar a inteligência artificial de uma forma melhor e extrair os melhores resultados dela”, completa.

Essa visão destaca o potencial da inteligência artificial como uma ferramenta valiosa na gestão de pessoas, desde que seja utilizada com responsabilidade e discernimento. Ao ser aplicada de maneira inteligente, a IA pode impulsionar o desenvolvimento pessoal e profissional dos colaboradores, além de promover o crescimento das organizações como um todo.

Nesse contexto, Eduardo Zugaib, também palestrante do evento, acrescentou uma perspectiva essencial ao destacar a importância de uma liderança presente e empática para complementar o papel da inteligência artificial na gestão de pessoas.

Ele enfatizou que, embora a IA possa otimizar tarefas e economizar tempo, os líderes devem permanecer atentos às necessidades e preocupações dos colaboradores. Essa abordagem ressalta a necessidade de um equilíbrio entre o uso da tecnologia e a habilidade humana de compreender e apoiar as pessoas dentro das organizações. 

“A liderança precisa ser mais presente. Ela precisa estar mais próxima das pessoas. Quando eu digo estar mais próximo, não é ficar se metendo na vida da pessoa enquanto está executando o trabalho. Mas é estar acessível, é estar consciente dos problemas que as pessoas estão vivendo, é trazer esses problemas pra mesa, trazer as dores, os conflitos, aqueles temas críticos e sensíveis”, afirma.

“É preciso construir um ambiente de segurança psicológica, criar um ambiente de confiança para que nos dias ruins as pessoas também possam se manifestar”, acrescenta o palestrante.