Crimes virtuais contra crianças: operação nacional mobiliza 12 estados e chega a Sergipe
Mandados são cumpridos contra suspeitos de pornografia infantil, incitação ao suicídio e apologia ao nazismo em ação coordenada pelo Ministério da Justiça Cotidiano | Por F5 news 27/05/2025 15h48 |A Polícia Civil de Sergipe participou nesta terça-feira (27) da Operação Mão de Ferro 2, coordenada pela Polícia Civil de Mato Grosso em conjunto com o Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab) do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). A ação tem abrangência nacional e visa combater crimes cibernéticos de alta gravidade, especialmente os que atingem crianças e adolescentes.
A operação foi realizada de forma simultânea nos estados do Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Piauí, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe. Em Sergipe, os trabalhos foram conduzidos pelo delegado Fábio Alan, com atuação no município de São Domingos.
Ao todo, estão sendo cumpridos 22 mandados judiciais, entre eles de busca e apreensão, prisão temporária e internação socioeducativa. As investigações apontam a existência de uma rede que atuava de maneira coordenada na prática de crimes como indução à automutilação e ao suicídio, perseguição, ameaça, produção e compartilhamento de pornografia infantil, apologia ao nazismo e invasão de sistemas informatizados.
Segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública, os crimes eram praticados principalmente em plataformas digitais como WhatsApp, Telegram e Discord. Nessas redes, os investigados compartilhavam conteúdos violentos, incentivavam práticas autodestrutivas e promoviam coação psicológica e exposição pública das vítimas, majoritariamente adolescentes.
Ainda de acordo com o MJSP, a operação é resultado de uma investigação conduzida pela Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos da Polícia Civil de Mato Grosso, com apoio do Ciberlab. A ação foi planejada de forma integrada com as Polícias Civis dos estados envolvidos.
Os investigados poderão responder por diversos crimes previstos no Código Penal e no Estatuto da Criança e do Adolescente, cujas penas, somadas, podem ultrapassar 20 anos de reclusão, além de multa.





