Por Mirella Mattos

"Deram sumiço no meu filho"

Rosanildo Araújo, pai do adolescente Jonathan Carvalho,16, que está desaparecido desde a madrugada de ontem (14), após o assassinato de três integrantes da quadrilha apontada como responsável pela morte do cabo Elder Freitas,   lebantou a suspeita de que a polícia pode ter eliminado o seu filho. “Deram sumiço no meu filho por ser menor de idade, para não se complicarem mais do que já estão complicados”, expõe.

Segundo Araújo, a versão apresentada pela polícia é equivocada. “Não houve tiroteio. A polícia está alegando que tinha uma moto também com duas pessoas. Isso não existe. Não teve moto nenhuma, meu filho estava no carro junto com eles. Estive ontem em Japoatã e em Neópolis. No hospital. E ele não deu entrada. Na delegacia não souberam informar. Só que os corpos estão machucados como se tivessem sido espancados primeiro e nós observamos que os tiros foram à queima roupa”, elucida.

Ainda de acordo com Araújo, o adolescente teria sido convidado pelo primo, Ricardo André Carvalho Pimentel, que estava em companhia de Anderson de Jesus Oliveira e Eraldo Santos de Jesus, para um passeio à Neópolis, proposta que, a princípio, teria sido recusada pelo jovem que pediu para ser deixado na casa da avó. Entretanto, acabou acompanhando- os até Japoatã, distante 100 km de Aracaju, onde teriam sido surpreendidos pela ação policial.

SSP

O assessor de comunicação da Secretaria de Segurança Pública do Estado de Sergipe, Lucas Rosário, se colocou à disposição da família do adolescente, juntamente com a estrutura da secretaria a fim de dar uma resposta convincente a respeito do desaparecimento do adolescente. “O nosso trabalho agora diante do sumiço do adolescente e do apelo do pai é de procurar alguma alternativa para que no tempo mais breve possível a gente possa localizar o adolescente e dar uma resposta convincente para o pai”, esclarece.

A informação repassada ao seu setor, conforme Rosário é de que no veículo estariam apenas os três suspeitos e uma motocicleta com duas pessoas. “A gente fica na expectativa de que o adolescente estivesse junto dessa outra pessoa na motocicleta”, finaliza.