Por Márcio Rocha

“Destruindo meu ponto comercial, eu agora vou viver de quê?"

Depois de ter sido fechada por uma determinação do Ministério Público Estadual, a feira das trocas foi desocupada e os comerciantes tiveram seus pontos fechados. Na manhã desta sexta-feira (08), equipes de uma empresa estavam fazendo o recolhimento dos materiais restantes no local, juntamente com comerciantes. Os estabelecimentos construídos estão sendo demolidos.

Para o comerciante José dos Santos, a demolição da feira das trocas é o fim de suas esperanças como trabalhador. “Destruindo meu ponto comercial, eu agora vou viver de quê? Meu sustento era baseado no meu comércio aqui. Agora não sei o que fazer”, disse.

O lugar, que abrigava um vasto comércio de todos os tipos de materiais e também servia para escambo de mercadorias ,está sendo desocupado. Pessoas que fazem negócios na região disseram que continuarão trabalhando no lugar.

“Eu vou trabalhar aqui mesmo. Vivo de vender motocicletas que compro e troco. O local é conhecido e minha clientela sabe que esse é meu ponto, vou continuar por aqui de qualquer maneira, continuando a negociar no canteiro”, disse um comerciante que preferiu não se identificar.

Várias irregularidades foram apuradas sobre a feira das trocas. O local, além de servir para o comércio e troca de produtos usados, também era utilizado por pessoas para vender produtos roubados e animais silvestres proibidos pela lei. A polícia acompanha o desfecho da feira, com uma equipe destacada. No local, durante a demolição e retirada dos materiais dos estabelecimentos, não houve nenhum atrito entre policiais e comerciantes.