O Dia Nacional do Doador de Sangue é comemorado todos os anos em 25 de novembro, com o objetivo de homenagear os voluntários doadores e estimular a população a participar regularmente da doação. Ela foi estabelecida por meio da Lei nº 53.988, de 30 de junho de 1965.

Em Sergipe, os dados do Hemovida mostram que, de janeiro a outubro deste ano, o Centro de Hemoterapia de Sergipe (Hemose) registrou 26.607 atendimentos. Desse número, 22.866 são de doação de sangue efetivadas, uma média de cerca de 2.200 ao mês. 

Dentro dessa estatística está o comerciante Carlos Resende, de 46 anos. Ele começou a doar sangue e plaquetas há 12 anos, motivado por um grupo de torcedores do Vasco da Gama do Rio de Janeiro e, durante esse tempo, já foram realizadas diversas doações.

Além de contribuir ativamente, o comerciante também estimula várias pessoas a abraçarem a prática. “Já formei vários grupos de doação, sempre incentivo pessoas próximas. A doação é super tranquila e ajuda o próximo. Para mim, é um ato de amor para ambas as partes, faz bem ao receptor e ao doador”, disse Carlos ao F5 News.

Do individual ao coletivo 

O técnico em Agropecuária Breno Batista começou com a ação de solidariedade em 2016, movido por outras razões. Quando perguntado sobre a motivação que o levou a ser doador, ele disse que foi a sensação de saber que o seu sangue poderia contribuir para salvar a vida de outras pessoas. E, assim como Carlos, o técnico também contribui para criar uma rede de voluntários maior, através do seu grupo ‘Descolados Sangue Bom’. 

Há 12 anos, o líder comunitário Mayck Santa Rita, como Breno, idealizou um projeto para incentivar mais pessoas ao ato de doar sangue, o “Aquidabã Sangue Bom”. A motivação para que ele começasse com a ação foi religiosa. “Aprendendo e vendo o exemplo de Jesus Cristo, que derramou sua última gota de sangue por amar a humanidade, foi que comecei. Ele nos motiva a sermos heróis, no sentido de estar salvando vidas, de estar contribuindo para o tratamento de saúde de nossos amigos, nossos irmãos, das pessoas que nem conhecemos ainda”, disse ao F5 News. 

E complementa. “Sangue não vende em farmácia, em supermercado, em nenhum outro lugar. Sangue você doa com amor e com carinho e o receptor, com certeza, vai ficar grato”, completa.

Hemose

De acordo com o Hemocentro, todas as bolsas de sangue doadas são liberadas para 35 unidades no estado, dentre hospitais, maternidades e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da rede pública e conveniada.

Essas unidades, por sua vez, realizam uma média de duas mil transfusões sanguíneas destinadas a cirurgias de grande porte eletivas e de urgência, pacientes portadores de leucemias, anemias crônicas, aplasias, renais crônicos, portadores de anemia falciforme, dentre outras enfermidades.

O Hemose recebe doações de sangue de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 17h. Os ambulatórios funcionam das 7h às 17h.