Whiskys apreendidos em Poço Redondo passam por perícia e não têm metanol
Análises da Polícia Científica em 200 litros de bebidas não detectaram substâncias nocivas, mas órgãos reforçam alerta contra adulterações Cotidiano 02/10/2025 17h37 |A Polícia Científica de Sergipe divulgou, nesta quinta-feira (2), o resultado das análises realizadas em 200 litros de whisky apreendidos em Poço Redondo. Os exames, feitos pelo Instituto de Análises e Pesquisas Forenses (IAPF), apontaram que as bebidas não apresentavam metanol, substância altamente tóxica e associada a mortes em outros estados do país.
As apreensões ocorreram em agosto deste ano, durante operação da Delegacia de Poço Redondo, após denúncias de adulteração de bebidas alcoólicas em barracas de “drinks” do município. De acordo com o delegado Antonio Gledson, os policiais encontraram garrafas com lacres violados, rótulos sobrepostos e até recipientes fechados com embalagens plásticas. “Os suspeitos abasteciam as garrafas com whisky de menor valor e tinham a intenção de comercializá-los durante a festa da cidade”, explicou o delegado.
Com a apreensão, os materiais foram encaminhados ao IAPF para exames físicos e químicos. Segundo o perito criminal Wesley Marques, os procedimentos seguiram os requisitos da cadeia de custódia e avaliaram tanto as embalagens quanto o conteúdo líquido. “Nós verificamos a autenticidade das bebidas, analisando desde o estado dos lacres e rótulos até a composição química, para identificar substâncias que possam causar riscos à saúde”, detalhou.
Os resultados mostraram que não havia metanol ou outros compostos nocivos à saúde humana. Apesar disso, o perito reforçou os riscos do consumo de bebidas adulteradas. “Já houve caso de morte em Sergipe por ingestão de bebida contaminada com agrotóxico. Além disso, substâncias como o metanol podem causar cegueira e até levar à morte”, alertou.
Orientações ao consumidor
O IAPF orienta que a população esteja atenta a sinais de adulteração antes de consumir bebidas alcoólicas:
- Verificar se o lacre da garrafa está íntegro e bem posicionado;
- Observar a qualidade do rótulo, se está impresso corretamente e contém informações do fabricante e do registro;
- Checar se o volume e a cor das bebidas de mesmo tipo são semelhantes;
- Desconfiar de preços muito abaixo do mercado.
Em casos de suspeita, as autoridades recomendam que os consumidores acionem a Polícia Civil, pelo Disque-Denúncia 181, ou a Polícia Militar, pelo 190.





