Em greve de fome, professoras também sacrificam o lado mãe e esposa
"Está sendo um sacrifício sem tamanho está longe dos meus filhos" Cotidiano 24/05/2012 16h15 |Por Adriana Meneses
Em greve há 39 dias, e acampados, há três, no pátio da Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplag), professores da rede estadual de ensino, ao decidirem pelo jejum de 24h, na manhã desta quinta-feira (24), na tentativa de sensibilizar o governo do Estado a dar 22,22% de reajuste em seus vencimentos, cumprindo, assim, a Lei do Piso, passaram a sacrificar também seus familiares, já que estão afastados de suas residências para fortalecer o movimento.
Como mais de 80% dos profissionais são do sexo feminino, as manifestações e ações promovidas pelo Sindicato dos Professores do Estado de Sergipe (Sintese) têm exigido um grande holocausto de mães e esposas, que deixam suas casas, filhos e maridos para se dedicar com afinco à luta. Muitas tentam organizar suas vidas não abandonado o barco da sua profissão, nem também deixando de lado a vida fora das salas de aulas.
Esse é o caso da professora Gilza Silva (foto), mãe de três adolescentes, que vem acompanhando todos os atos do Sintese, ficando longe dos seus filhos, mas sempre mantendo contato. “Nessa fase de adolescente é importante que os pais estejam o mais próximo possível. Para mim está sendo um sacrifício sem tamanho está longe dos meus filhos por muito tempo, mas tenho buscado alternativas, uma delas é fazendo uma monitoração via celular”, disse.
Sem ter com quem deixar o filho de 11 anos em casa, a professora Cláudia Barreto (foto), teve que modificar toda a rotina da família para está engajada na luta da categoria, mas para ela todo sacrifício é válido. “O nosso movimento já dura mais de 30 dias, e para ficar à frente da luta junto com os meus colegas tive que mudar a rotina da minha família. Meu filho saí da escola e é trazido pelo pai para os locais da manifestação, quando o pai saí do trabalho busca o garoto e lava para casa. A rotina mudou, mas a luta e o sacrifício são válidos”, salientou.
Sacrifício até segunda
De acordo com a presidente do Sintese, professora Ângela Melo, o jejum acontecerá até a próxima segunda-feira (28), onde quatro grupos de professores farão um revezamento, participando do jejum de 24 horas. “Esse jejum demonstra a indignação e a revolta dos professores. O governo do estado não mostra disposição para negociar o piso, mas admite que o piso é Lei, e que é para todos , que a luta é justa, mas só admite, ele não externa na forma de concretizar o reajuste do piso”, observou.
Ainda de acordo com Ângela Melo, o jejum é uma forma de fazer com que o governo se sensibilize e aponte uma negociação com a categoria. Ângela disse ainda que até o momento só tem encontrado falta de vontade do governo em solucionar a situação. “Ontem tivemos uma audiência com o secretario da fazenda, e nós não observamos nenhuma proposta de negociação por parte do governo. O secretario continua com o mesmo argumento do governador e do secretario da administração, que o governo não tem recursos, para reajuste dos salários. Para nos o que falta é vontade política do governo, para estabelecer a negociação em implementar o reajuste do piso como manda a Lei”, salientou.


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