Emília Corrêa diz que Aracaju não aceitará perder zona de expansão
Prefeita critica decisão do STF, destaca serviços prestados pela capital na região e garante que irá lutar na Justiça para reverter medida Cotidiano | Por F5 News 02/09/2025 14h11 |A prefeita de Aracaju, Emília Corrêa, se manifestou nesta terça-feira (2) após a divulgação da medida que atualiza o limite territorial entre os municípios de Aracaju e São Cristóvão. A decisão atende a uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), que confirmou sentença de 2012 da Justiça Federal em Sergipe, declarando inconstitucional a lei municipal de 1989 que alterava os limites sem consulta popular. Com isso, Aracaju terá de devolver cerca de 11% do território ao município vizinho, incluindo áreas do Mosqueiro até a região de expansão próxima ao conjunto Santa Lúcia, no bairro Jabotiana.
Em pronunciamento, a gestora afirmou que a administração municipal não aceitará a decisão de forma passiva. “Quero deixar claro, a prefeitura de Aracaju não aceita essa decisão passivamente e está atuando em todas as instâncias para defender o que é da nossa cidade”, destacou.
A prefeita enfatizou que, há mais de 70 anos, é Aracaju quem garante serviços e infraestrutura à população da zona de expansão. Segundo ela, a prefeitura mantém 14 escolas municipais que atendem mais de 6 mil alunos, três unidades de saúde responsáveis por 32 mil pessoas, mais de 3 mil pontos de iluminação pública, além de coleta de lixo, limpeza urbana, patrulhamento da Guarda Municipal e monitoramento eletrônico.
Emília também lembrou dos investimentos em andamento. “Hoje, estamos realizando o maior investimento da história da região, o programa Aracaju Cidade do Futuro, com recursos de 84 milhões de dólares do Banco dos Brics. Só em obras de drenagem e urbanização, são 165 milhões de reais para transformar o Mosqueiro e a Área Branca em um novo vetor de desenvolvimento da nossa capital”, afirmou.
A gestora reforçou que já ingressou com uma ação rescisória para tentar reverter a decisão judicial. Para ela, a disputa não se resume a documentos ou recursos aplicados, mas à identidade da população que vive na região. “Estamos defendendo o sentimento de milhares de famílias que nasceram, estudaram, se trataram na rede de saúde e vivem todos os dias como aracajuanas. Retirar a zona de expansão de Aracaju não é apenas um erro jurídico, é ferir a identidade de quem se reconhece como parte da nossa capital”, completou.Emília Corrêa concluiu reafirmando que Aracaju continuará lutando para manter a zona de expansão em seus limites. “Essa área é de Aracaju por história, por serviços, por investimentos, mas acima de tudo, por pertencimento. Seguiremos firmes defendendo a nossa cidade e a nossa gente”, finalizou.





