Insegurança reina no bairro Santo Antônio
Assaltos levam comerciantes a trabalhar protegidos por grades Cotidiano 15/02/2013 17h50 |Por Elisângela Valença
O tradicional bairro Santo Antônio, onde nasceu a cidade de Aracaju, sempre foi conhecido pela tranquilidade e sossego. Mas estas características deixaram de existir há um tempo. “Este bairro já foi melhor. De uns três anos para cá, tem sido um inferno morar aqui”, disse Fátima Ferreira, 55 anos de idade, dos quais 32 morando no bairro.
“Uma vizinha parou o carro na porta de casa para dar socorro a uma tia. Quando saiu, não encontrou mais o carro. Praticamente todos os dias tem assalto por aqui. O Santo Antônio hoje é um bairro em que não podemos ter nada dentro de casa, sair na porta, ir a uma mercearia”, queixa-se Fátima.
Queixas confirmadas por Maria José Morais, que abriu uma mercearia no bairro há sete anos. “Só em 2011, fui assaltada cinco vezes. Hoje, atendo aos cliente pelas grades”, diz ela, trancada em seu comércio, com medo de assaltos.
“Todo dia tem assalto. Ontem mesmo, enquanto eu atendia duas meninas, encostou uma moto com dois rapazes pedindo os celulares delas. Elas saíram correndo e gritando e os ladrões fugiram”, contou Maria José.
O assalto mais recente aconteceu na madrugada de hoje, na casa vizinha à mercearia de dona Maria José. Camila Karina, 22 anos, acordou com o barulho da chuva, foi retirar a roupa do filho pequeno do varal e sentiu falta da bicicleta do marido, que sempre ficava na sala. Percebeu que a porta de correr da sala estava aberta.
Acordou o marido perguntando pela bicicleta, que levantou para se certificar de que havia deixado na sala. Foi quando percebeu que o portão da frente da casa estava arrombado e, além da bicicleta, havia sumido também um video game que pertencia a um amigo.
“Acredito que tenha sido mais de um ladrão. Eles empenaram o portão, passaram pela porta de correr, pegaram a chave da casa e abriram o portão para passar com a bicicleta”, disse Camila. “Meu marido usava a bicicleta como transporte e amava a bike, investia muito nela”, lamenta ela, acrescentando que a bicicleta estava avaliada em R$ 2 mil.
A região do bairro Santo Antônio é policiada pelo 8º Batalhão da Polícia Militar (8º BPM), que divide a área em companhias, responsáveis pelo trabalho ostensivo e de ocorrências através de chamado do 190.
“É pública a defasagem no número de viaturas e de efetivo na Polícia Militar de Sergipe”, disse o major Vivaldi Cabral, comandante do 8º BPM. “Por isso, além do policiamento ostensivo rotineiro, atuamos com operações específicas de acordo com a mancha criminal”, explicou.
Mancha criminal são os dados estatísticos levantados a partir das ocorrências registradas pelo Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp), o famoso 190. “O Ciosp levanta os dados e nos informa se tem havido mais assalto a estabelecimentos comerciais, a residências, entre outros. Com base nisso, montamos nossas operações”, explicou o major. “Por isso, é importante que a população denuncie”, acrescentou.


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