Legado de Encanto: A jornada de pai e filho como Papais Noeis
A história de Sena e seu filho Fillipe que interpretam o Bom Velhinho em Aracaju Cotidiano | Por Daniel Soares 22/12/2023 19h43 - Atualizado em 22/12/2023 20h03 |Tem quem diga que Papai Noel não existe, mas a verdade é que sem ele não existe o Natal. Para isso acontecer, não basta o bom velhinho sair em cima do seu trenó pelo mundo entregando presentes para as crianças. Ele também conta com pessoas que, todos os anos, colocam o gorro e se vestem de vermelho para garantir que a magia aconteça.
Hoje, vamos conhecer a história especial de dois deles: um pai e um filho que no mês de dezembro incorporam o Papai Noel em Aracaju, fazendo a alegria e encantando as crianças. Para eles, essa é mais do que uma tradição popular - é uma tradição de família.
O pai Papai Noel é o músico João César Carvalho de Sena, ou simplesmente Sena. Durante o ano, ele anima os forrós por todo Sergipe cantando a música tradicional nordestina. Em dezembro, se torna o bom velhinho há 9 anos.
"Esse trabalho começou através do convite de um amigo que me achava gordinho, barbudo e cabeludo e me levou para um teste para ser o Papai Noel da Caravana da Coca-Cola. Acabei fazendo essa aparição e fui aprovado pelas pessoas", relembra.
Hoje, ele é o Papai Noel do Natal Iluminado da Fecomércio/SE. A desenvoltura agrada o público e Sena garante que o lado artístico ajuda. "É um personagem que tem uma coisa lúdica, representando o velho Noel, o grande entregador de presentes. Então, meu lado artístico contribui, sim", afirma.
A roupa vermelha vem de casa - sua esposa, que é artesã, é quem cuida de toda a indumentária. Ela também produz o traje do outro Papai Noel da família: o filho Fillipe Cardoso de Sena, técnico de informática e celulares, que há 4 anos segue os passos do pai e também encarna o personagem.
Ele diz que o começo foi por conta do sucesso do genitor. Com agenda lotada, não dava para Sena atender a todos os trabalhos que surgiram. E aí Fillipe topou o desafio, ocupando a função no Parque da Sementeira, onde está até hoje. "Por já ter barba e os quilinhos a mais, me dispus a assumir o bom velhinho", disse ao F5 News.
O pai se tornou inspiração. "Ele me instruiu e me deu as dicas de como ser Noel", revela com carinho. Cumpre a função com amor, ainda que seja uma missão com percalços. "Ser Papai Noel não é um trabalho difícil, mas nem sempre é fácil. Existem certos pedidos que a gente escuta que partem o coração", conta.
E assim, em família, eles garantem a magia do Natal para muita gente. Quase como super-heróis. "Fazemos muitas atividades em escolas, em orfanatos, e creches. Tudo para poder levar alegria às crianças", diz Sena.
Com essa nobre função, quem pode dizer que o bom velhinho não existe?





