Servidora é acusada de pedir doações para campanha em Aracaju, diz Folha
Prefeitura abre sindicância após denúncia de arrecadação entre subordinados Política | Por F5 News 01/10/2025 16h01 |O jornal Folha de S. Paulo publicou nesta quarta-feira (1º) uma matéria em que relata que uma servidora da Prefeitura de Aracaju, da gestão da prefeita Emília Corrêa (PL), teria solicitado a funcionários subordinados a doação de recursos financeiros para apoiar uma possível candidatura do secretário municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão, Thyago Silva (PSDB), nas eleições de 2026.
De acordo com a Folha, a coordenadora-geral da Secretaria de Planejamento, Nataly Rocha, enviou em 24 de março de 2025 uma mensagem no grupo de WhatsApp chamado “Timaço DAF Seplog”, formado por cerca de 15 servidores comissionados. Na publicação, sugeria contribuições mensais “espontâneas e voluntárias” para formar um caixa destinado a gastos eleitorais. A reportagem informa que a mensagem também continha uma chave Pix e um QR code vinculados a uma conta em nome da própria servidora.
Ainda segundo a Folha, a Prefeitura de Aracaju informou em nota que a prefeita determinou a instauração imediata de uma sindicância administrativa para apurar o caso, assegurando que a apuração será conduzida com isenção e respeito ao devido processo legal.
Um dos servidores, ouvido pelo jornal, declarou ter se sentido constrangido com o pedido. Um especialista em direito administrativo consultado pela reportagem avaliou que a prática pode configurar ilegalidade, dependendo das circunstâncias, e classificou a conduta como questionável do ponto de vista ético.
A reportagem destaca que a servidora teria afirmado, na mensagem, que os recursos seriam administrados em seu nome de forma transparente e que, caso o secretário não fosse candidato, o valor seria devolvido aos contribuintes.
O secretário Thyago Silva, que é presidente municipal do PSDB e apontado como potencial candidato a deputado estadual em 2026, negou envolvimento em qualquer irregularidade. À Folha, declarou que a servidora apresentou extratos bancários comprovando ausência de depósitos de servidores e repudiou “qualquer insinuação de prática ilícita ou antiética”. Ele também reforçou seu compromisso com a legalidade e afirmou estar à disposição das autoridades para colaborar com as investigações.
Já a servidora Nataly Rocha, em nota enviada pela prefeitura, disse que prestou esclarecimentos, negou integralmente as acusações, afirmou ser vítima de perseguição e informou ter acionado sua defesa jurídica.
Segundo a Folha, a sindicância será conduzida por uma comissão da própria Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão e publicada no Diário Oficial do Município.





