Um lixão irregular em Graccho Cardoso, no médio sertão sergipano, foi interditado nessa terça-feira (25), durante uma ação da Fiscalização Preventiva Integrada de Sergipe (FPI/SE), comandada pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco e pelos Ministérios Públicos Estadual, Federal e do Trabalho.

Reprodução/ FPI/SE

No local, foram encontrados resíduos urbanos, restos de animais, pneus e outros entulhos. A Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema) interditou e sinalizou a área. 

Segundo o coordenador da equipe, Alexsandro Bueno, o descarte de resíduos irregulares é recorrente na região, sendo que uma das consequências é o impacto ambiental. “Verificamos restos de animais, pneus, bastante chorume, o que gera uma contaminação ambiental no lençol freático da região, com consequências para a população. Interditamos a área, faremos outras diligências na prefeitura municipal, procedendo com as notificações administrativas necessárias e dando seguimento ao cronograma de ações”, disse.

O coordenador-geral da FPI/SE, o Promotor de Justiça Sandro Costa, também explicou sobre as possíveis consequências do lixão irregular e mencionou o projeto do MP de Sergipe com o objetivo de encerrar os lixões.

“A disposição incorreta de resíduos sólidos no município, além de ser realizada sem licenciamento ambiental, que por si só é um crime ambiental, também causa poluição ao meio ambiente, afetando lençol freático, corpos hídricos e atmosfera, agravando o efeito estufa, atraindo animais para os lixões, entre outras consequências graves. É importante mencionar que há, atualmente, um projeto do Centro de Apoio Operacional (CAOp) do Meio Ambiente, coordenado pela Promotora de Justiça Aldeleine Barbosa, com o propósito de encerrar os lixões em Sergipe. O município terá a oportunidade de se comprometer efetivamente para resolver essa questão, sob pena de responsabilização cível, administrativa e criminal”, afirmou.

Impactos do lixão no meio ambiente e na saúde pública

São diversas as consequências dos lixões irregulares, desde problemas ambientaisa questões de saúde pública e sociais: contaminação do solo pelo chorume (líquido de cor escura proveniente da decomposição da matéria orgânica presente no lixo); contaminação das águas subterrâneas com a penetração no solo do chorume (na região da bacia hidrográfica do Rio São Francisco contaminam, também, afluentes que levam a poluição para o rio); mau cheiro por causa da decomposição do lixo; e aumento dos casos de doenças, pois os resíduos atraem ratos, baratas e moscas, e, ainda, podem tornar-se criadouro de mosquitos vetores de enfermidades como a dengue.

Com informações da assessoria de imprensa