Lixo espacial vira espetáculo nos céus: entenda o fenômeno visto em Aracaju | F5 News - Sergipe Atualizado

Astronomia
Lixo espacial vira espetáculo nos céus: entenda o fenômeno visto em Aracaju
Em entrevista, Diogo Souto, especialista em astronomia, explica sobre o fenômeno
Cotidiano | Por Gabriel Ribeiro 23/12/2023 10h08 - Atualizado em 23/12/2023 10h23 |


Na madrugada deste sábado (23), os céus de Aracaju e outros municipios de Sergipe foram palco de um espetáculo inusitado, quando um objeto luminoso cortou a atmosfera como um meteoro, deixando os observadores intrigados.

Vídeos começaram a circular nas redes sociais e deixaram espaço para o humor, quando muitos internautas disseram que já era o Papai Noel se preparando e até mesmo que se tratava do famoso barco de fogo da cidade sergipana de Estância.

Em busca de respostas, o F5 News procurou o professor Diogo Souto, especialista em Astronomia da Universidade Federal de Sergipe (UFS), e ele explicou que o evento surpreendente nada mais é que lixo espacial.

Segundo ele, o lixo espacial se assemelhar a um meteoro luminoso é natural. "Quando um objeto espacial penetra na atmosfera, a fricção do ar gera calor intenso, levando à ionização dos gases ao redor e, consequentemente, à produção de luz visível, criando o efeito semelhante a um meteoro", explicou o especialista ao F5 News.

"Até o momento, acredita-se que os restos seriam de um foguete Longa Marcha 2C, lançado pela China em janeiro de 2018. Geralmente, esses objetos não representam perigo direto para a população, pois a maioria não alcança a superfície terrestre (queimam completamente durante a reentrada). No entanto, há preocupações com a segurança quando temos objetos maiores ou compostos por materiais perigosos", disse Diogo Souto ao portal.

A entrada de lixo espacial na atmosfera pode apresentar riscos, como a queda de destroços em áreas habitadas. "Especialistas monitoram esses eventos através de sistemas de rastreamento espacial e preveem reentradas descontroladas. O acompanhamento é realizado por agências espaciais e internacionais, avaliando possíveis ameaças e coordenando a divulgação de informações", afirmou.

O avistamento de lixo espacial como meteoro luminoso não é comum, mas ocorre. "Cientistas utilizam radares e telescópios espaciais para identificar e rastrear a trajetória do lixo espacial. Tecnologias como o radar de vigilância espacial e satélites especializados contribuem para a precisão na previsão de reentradas e na mitigação de riscos", ressaltou o professor.

"As consequências ambientais e de segurança relacionadas ao lixo espacial incluem a contaminação por materiais tóxicos na eventual queda de detritos. Medidas preventivas envolvem o desenvolvimento de tecnologias para a remoção ativa de lixo espacial e o estabelecimento de regulamentações internacionais para reduzir a geração de novos resíduos. Mas ainda estamos bem longe de ter esse controle", disse ainda Souto ao F5 News.

Confira o vídeo: 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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Edição de texto: Monica Pinto
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