Médica de SE explica efeito do protetor solar sobre a produção de Vitamina D
Na primavera, a previsão é de aumento nas temperaturas e de mais dias ensolarados Cotidiano | Por F5 News 01/10/2023 13h00 |Com a chegada da primavera, os termômetros em Sergipe têm marcado temperaturas cada vez mais elevadas, características da estação das flores. A previsão é que neste ano, a temperatura média oscile entre 37ºC a 38ºC, principalmente nos municípios do Sertão.
Essas altas temperaturas, geralmente, estão aliadas a dias ensolarados. E, na pele humana, existem substâncias sensíveis ao sol conhecidas como 7-dehidrocolesterol, que são transformadas em vitamina D pela exposição à luz, mais especificamente aos raios solares ultravioletas B (UVB).
Posteriormente, essa substância é levada ao fígado e ao rim para concluir o processo de sinterização e transformação na versão ativa da vitamina. Sendo assim, todo esse processo é relevante para o corpo humano, já que a substância participa de etapas químicas do organismo relacionadas à saúde mental e física, sendo necessária a exposição solar cotidianamente.
Um assunto muito discutido nas redes sociais e nas conversas casuais é a relevância da utilização do protetor solar versus a necessidade de exposição ao sol para aquisição da vitamina D.
Ao F5 News, a médica gastroenterologista Isalena Esteves afirmou ser verdade a máxima de que o protetor solar impede a transformações da substância em vitamina. “É o principal fator de bloqueio de absorção da vitamina D. A pele deixa de reter mais de 95% do nutriente quando protegida pelo produto”, explica a médica.
Os banhos de sol devem ser frequentes e sem a aplicação da proteção UV-B em regiões de maior exposição, isso inclui braços, pernas e tronco. “É necessário se expor ao sol até 20 minutos por dia — no início da manhã e no final da tarde — e, em excesso, a radiação pode se tornar uma vilã”, disse Isalena Esteves ao portal.
Em relação ao protetor solar, a médica orienta a reaplicação a cada 60 minutos e, em caso de ambientes muito expostos, como a praia, é preciso reaplicar o produto ao sair da água.
Por mais que a exposição aos raios ultravioletas seja a forma mais eficaz para a produção da vitamina D, alguns alimentos são boas fontes dela. Entre eles estão os óleos de fígado ou bacalhau, bife de fígado, gema de ovo, atum, sardinhas, salmão, queijo fortificado e cogumelos.
A quantidade recomendada de vitamina D para o corpo foi um dos assuntos debatidos no Congresso de Medicina Esportiva de Denver, nos EUA, e atualmente é indicada entre 40 a 70 nanogramas por mililitro (ng/ML). “A dose presente no organismo deve ser monitorada pelo médico, pois o excesso pode levar a arritmia cardíaca e crises convulsivas”, explica a gastroenterologista ao F5 News.
Vale ressaltar que a vitamina D participa de processos fisiológicos e também atua na prevenção de problemas referentes ao sistema imunológico, pressão arterial e cancerígenos. A ela também é atribuída a capacidade de melhorar o desempenho de atletas, regular a presença de cálcio e ferro no sangue, prevenir a calvície e combater doenças autoimunes.





