Pai de Jonatha cogita divulgar nome de suspeitos
Ele responsabiliza a polícia pela morte. Apuração já dura três meses Cotidiano 08/06/2012 14h07 |Por Sílvio Oliveira
Rosinaldo Araújo Almeida, pai do jovem Jonatha Carvalho dos Anjos, morto no 14 de março deste ano, durante uma operação policial, segundo a própria família, voltou a questionar a morosidade com que a Secretaria de Segurança Pública vem tratando o caso. Ele ameaçou, na próxima terça-feira (12), ao lado da família e do advogado responsável pelo caso, Anderson Cortez, divulgar os nomes dos militares supostamente envolvidos no que define como chacina.
Araújo informou que o teste de DNA já foi feito no corpo do seu filho. Porém, desde a última segunda-feira (04) está aguardando o parecer do médico-perito, a fim de que seja entregue ao delegado responsável pelo caso. “O diretor do IML me informou que só pode liberar com a assinatura da médica-perita e disse que ela só libera no plantão. Será que ela não poderia ser convocada, já é que um caso de urgência? Temos que esperar pelo plantão?”, questionou.
Segundo ele, já são três meses que o caso se arrasta, e não há a divulgação de quem matou Jonatha Carvalho. Para ele, os nomes não foram ainda divulgados por ter o envolvimento de policiais militares. “O governador Marcelo Déda pediu agilidade no caso, mas é mesmo que nada. A chacina do Huse já foi elucidada, outros casos também tiveram agilidade e porque o caso do meu filho ainda continua assim? Quero só justiça”, afirmou.
Rosivaldo Araújo não quis falar sobre os supostos envolvidos no crime, mas disse que divulgará a lista dos nomes de todos, já que o processo está nas mãos do advogado do caso, Anderson Cortez.
Versão do pai
Segundo relata o pai do adolescente morto, o filho dele foi chamado por dois primos – Anderson de Jesus e Ricardo Pimentel – para ir à casa de um outro amigo na cidade de Neópolis. Os três teriam encontrado uma quarta pessoa chamada Eraldo, supostamente o jovem que matou dias antes o PM Elder Freitas.
Conforme conta Araújo, os quatro deixaram Japoatã em direção a Aracaju e foram abordados por policiais na estrada. O fato aconteceu no dia 14 de março e há indícios que aconteceu uma chacina.
Segundo ele, os três corpos foram executados à queima-roupa, já que um deles tinha resquícios de pólvora na cabeça. “Eles caíram numa emboscado e não aconteceu tiroteio, mas uma chacina. Eles viram que fizeram uma besteira, matando um menor de idade, que não tinha nada a ver”, contou.
De acordo com o pai do jovem, o corpo estava com perfurações, nariz quebrado, coronhadas, costela quebrada. Um outro corpo estava com marcas de mais de 15 tiros.
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