Pediatras mantém suspensão de atendimento

Por Márcio Rocha

Foi prorrogada por mais 30 dias a suspensão do atendimento pediátrico aos usuários de planos de saúde em Sergipe. Desde o dia 06 de fevereiro, o atendimento de guias de planos de saúde deixou de ser executado pelos médicos pediatras, devido à falta de resposta dos planos em relação às reivindicações da categoria, que pede o aumento no valor das consultas realizadas. .

A prorrogação, segundo a presidente da Sociedade Sergipana de Pediatria, Glória Tereza Lopes, é uma retaliação ao desrespeito com o qual os profissionais estão sendo tratados: na proposta dos planos, foi oferecido um reajuste de R$ 4 por consulta.

“Fizemos uma discussão aprofundada sobre o problema dos planos de saúde, alguns deles não nos ofereceram proposta nenhuma de reajuste na tabela, o que caracteriza uma manifestação de desrespeito aos profissionais. Os planos que fizeram proposta nos ofereceram um reajuste de quatro reais, um reajuste irrisório. É muito pouco para a categoria aceitar, para prestar um serviço de qualidade”, disse Glória Tereza.

O atendimento de guias continuará suspenso por mais trinta dias. Caso não haja uma proposta que seja aceitável pela categoria neste prazo, os planos de saúde sofrerão um descredenciamento em massa dos médicos pediatras.

Os pediatras estão há mais de 10 anos sofrendo recessão em seus pagamentos por parte dos planos de saúde - o que baixou consideravelmente o valor da consulta e ajuda a promover a extinção da especialidade médica, devido ao pouco direcionamento dos médicos formados para a especialidade.

A próxima reunião da categoria está marcada para o dia 20 deste mês, quando estará em Aracaju o presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria, Eduardo Vaz. Glória pede a participação dos profissionais no encontro.

“O presidente nacional, Eduardo Vaz, estará em Sergipe na nossa próxima reunião, pois esta causa que estamos lutando não é apenas uma questão de Sergipe. Também é uma luta nacional, já que, nesse ritmo, a profissão está caminhando para a extinção”, lamenta a presidente da Sociedade Sergipana de Pediatria.